O grupo formado pelos paulistanos Ale Sater, Bruno Paschoal, Greg Maya e Luis Cardoso vem ganhando cada dia mais destaque e se tornando uma grande referência na cena musical.
Há mais de um ano, a banda Terno Rei deixou um pouco do lo-fi de lado e decidiu mudar para criar o disco Violeta. Lançado em fevereiro de 2019, o trabalho inaugurou um novo período para o grupo paulistano que vem a cada dia chegando para novos públicos. Uma mudança pensada e planejada, mas que os integrantes não imaginavam que ia tomar a proporção que está tomando.
A Terno Rei foi formada em 2011 e já lançou 2 EPs, o Metrópole (2012) e Trem leva as minhas pernas (2015) e 3 álbuns, o Vigília (2014), Essa noite bateu como um sonho (2016) e o mais recente, Violeta (2019). O EP de 2015 foi o primeiro trabalho lançado junto com o selo, também paulistano, Balaclava Records – o qual o grupo faz parte. Sempre tratando de assuntos cotidianos, como relações, saudade, autoconhecimento e amadurecimento, o grupo utiliza de arranjos e solos elaborados e o uso de sintetizadores, no último trabalho, como marca de sonoridade.
Em entrevista, Bruno Paschoal (vocal, guitarra e synth) falou um pouco sobre a relação dele com a música, sobre a Terno Rei e os planos futuros do grupo.
Entrevista com integrante da Terno Rei
Quando começou sua relação com a música?
“Quando eu tinha em torno de 8 anos, minha avó, Dona Eulila, me ensinava piano. Ela era professora e tínhamos um piano em casa. Com uns 12 anos, meu pai me deu minha primeira guitarra, daí eu não fui muito para frente. Com cerca de 16 anos, voltei a me interessar em tocar instrumentos e, desde então, nunca parei.”
E como surgiu o Terno Rei no meio desse caminho?
“No ensino médio, comecei a tocar com uns amigos do colégio, a coisa foi ficando mais séria e, com uns 20 e poucos, o Terno Rei acabou se juntando devido às amizades. Comecei tocando numa banda de hard core que o Lubas era baterista, com o tempo, as bandas foram acabando e os amigos se juntando.”
Podemos dizer que o Violeta inaugurou uma nova fase para o Terno Rei e vocês estão chegando para públicos que antes não chegavam, e vocês afirmam que essa foi a intenção. Quando vocês perceberam a necessidade dessa mudança e como foi todo o processo?
“Foi um processo natural. Cada vez mais velhos e sabendo onde queremos chegar com nosso trabalho. Dessa maneira, tomamos as atitudes necessárias para atingir os objetivos: procuramos um novo produtor, compomos as músicas de maneira diferente, mais sobriedade etc. Ficamos felizes que os resultados foram acima das expectativas.”
Quais são os planos agora? Eu sei que muita coisa está paralisada por causa de tudo que está acontecendo, mas vocês já têm alguma novidade em mente?
“Sim! Estamos compondo, devagar ainda, o disco novo e planejando um monte de novidades. Ano que vem, a banda completa 10 anos também, muito provável que faremos uma tour comemorativa.”
Qual foi o melhor conselho que você já recebeu?
“Estude bastante, não desista e seja verdadeiro.”
Vocês são de São Paulo e, quando eu escutava vocês andando pela cidade, sentia que encaixava perfeitamente, combina com a cidade. Pensando na cidade de São Paulo, qual é o seu lugar favorito?
“Acho que a cidade como um todo serve de inspiração para as criações, pois é o contexto no qual estamos inseridos, então, isso acaba refletindo de uma maneira ou outra em nossas criações. Gosto bastante do bairro da Liberdade!”
Fale 3 paixões, fora a música.
“Arte, filme e skateboard.”
O que você anda escutando ultimamente?
“Nicolas Godin, Momma, Gal Costa, Evinha, Deaton Chris Anthony.”
Tem algum cantor(a)/banda que você gosta e as pessoas nem imaginam?
“Mariah Carey.”
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Por Daniela de Jesus – Fala! Anhembi