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Anticoncepcionais: conheça os 5 tipos de contraceptivos masculinos

O regime contraceptivo com foco feminino não é uma questão apenas científica. As normas sociais e o medo de ferir a masculinidade também são obstáculos que impedem o desenvolvimento de métodos para os homens. Por serem as mulheres as responsáveis por gerar os bebês, a maior parte da responsabilidade de proteção é posta nas costas delas. Entre os anticoncepcionais – tanto comprimido quanto injetável – o DIU, o implante de chip, a pílula do dia seguinte, a laqueadura e o preservativo feminino, os homens ficam com as opções da camisinha e da vasectomia.

Como é possível observar, a conta é bem desigual. Mas vocês sabiam que existem (ou pelo menos estão tentando criar) outros métodos de prevenção? Hoje, falaremos sobre os dois mais conhecidos e apresentaremos o gel anticoncepcional, a injeção e a pílula masculina.

anticoncepcionais masculinos
Métodos contraceptivos masculinos. | Foto: Reprodução.

Anticoncepcionais mais comuns e outros três métodos que podem ser usados por homens

1 – Camisinha (o anticoncepcional masculino mais comum)

Esse método é o mais comum entre as pessoas. Além de proteger contra gravidez, ela também evita a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Assim como todos os outros recursos, esse também não é 100% eficaz, sendo em torno de 98% de proteção.

2 – Vasectomia

Essa técnica é um procedimento cirúrgico no qual é interrompida a circulação dos espermatozoides pelo canal que liga os testículos à uretra. Isso não impede a ejaculação, porém o esperma não tem poder de engravidar. Ainda que seja reversível, quanto mais tempo demorar para realizar a reversão, menor se torna a capacidade de fertilidade do homem. Em geral, essa é a opção escolhida por aqueles que têm certeza de que não querem mais filhos.

3 – Anticoncepcional em Gel

O gel hormonal consiste na junção da progesterona e da testosterona. A primeira interrompe a produção de espermatozoides, com isso, ocorre uma queda na testosterona, que acarreta também na queda da libido. Por isso, a presença do segundo hormônio para equilibrar e, assim, impedir a fertilização sem perder o desejo sexual. É indicado que passe em áreas do corpo, como ombros e coxas. Com o tempo, o organismo vai aderindo naturalmente à substância.

Ainda em fases de testes, em 2019, um jovem britânico contou em entrevista à BBC como foi sua experiência com o gel, já que ele e sua namorada faziam parte dos casais de teste. “Não senti nenhuma mudança no meu humor. Eu fiquei com algumas pequenas manchas nas costas, mas já estão saindo. E ganhei cerca de um quilo – mas provavelmente foi por causa da cerveja, sendo bem honesto”, contou ele.

4 – Injeção contraceptiva

Chamado de Inibição Reversível do Esperma Sob Controle (Risug), o método injetável foi desenvolvido por um médico indiano e trata-se de uma injeção próxima aos testículos com anestesia local que inibe a liberação dos espermatozoides. Com duração média de 13 anos, o procedimento pode ser revertido a qualquer momento. Mesmo sendo muito promissor, os riscos de efeitos colaterais eram grandes e foi isso que ocasionou a interrupção dos testes.

5 – Pílula Masculina (um dos anticoncepcionais destinados aos homens)

Também chamada de DMAU, a pílula anticoncepcional masculina tem a intenção de funcionar da mesma forma que a feminina, sendo necessário tomar uma vez ao dia. Com a ingestão de hormônios femininos, a testosterona cai, juntamente à produção de espermatozoides, evitando a fertilidade masculina temporariamente. Mesmo com testes bem-sucedidos, a pílula não está disponível, pois causou diversos efeitos colaterais, como acne e alteração de humor – o que não é novidade nos contraceptivos femininos.

Agora que conhecemos todos os métodos, vocês devem se perguntar: afinal, quais desses anticoncepcionais estão no mercado? Exato, os dois primeiros apenas. A corrida para a criação de um anticoncepcional masculino continua em aberto. Enquanto isso, as mulheres seguem sendo o pilar principal no distanciamento de uma gravidez e esperando que, um dia, possam dividir igualmente essa responsabilidade.

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Eliabe Figueiredo – Fala! UFRJ

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