A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou, nesta quinta-feira (25 de fevereiro), a existência de um projeto chamado “passaporte de vacinação“, onde cidadãos dos países membros da União Europeia poderão circular livremente entre as 24 nações acordadas no Velho Continente, isso desde que cada indivíduo tenha completado seus registros sanitários e doses de vacinas.
A princípio, a líder europeia evitou maiores desdobramentos da ideia, reforçando que haverá novas reuniões entre as Comissões do bloco, nos próximos três meses, para estabelecer detalhes e cronogramas.
Angela Merkel afirma que europeus terão “passaporte de vacinação”
Dois dias depois de afirmar que a Alemanha está passando pela terceira onda de Covid-19, a chefe da União Europeia tem se sentido pressionada por diversos setores da economia alemã e europeia, todos temendo a existência de novos lockdowns nos países signatários.
A medida criadora da “carteirinha de vacinação” para deslocamentos internacionais não trouxe tanta “alegria”, pois Merkel citou tal regra para viagens de verão (férias de junho a setembro) e deslocamentos comuns, sem especificar condições de trabalhadores, causando insatisfações de setores e grupos trabalhistas.
O descontentamento do povo europeu se refere ao lento ritmo de vacinação implantado; por exemplo, a Espanha, país ibérico fortemente atacado pelo coronavírus, possui menos de 3% de sua população vacinada. Com 46,9 milhões de habitantes, estimativas mostram que apenas 960 mil espanhóis foram imunizados com doses contra a Covid-19, número inferior ao Brasil (6,1 milhões até o dia 24/02), mesmo sendo de primeira dose.
A falta de vacinas, conflitos políticos e pressões externas se afloram em um momento que os casos voltam a crescer na Europa, em comparação ao Ano Novo, além das difíceis logísticas dos grupos farmacêuticos na venda dos imunizantes pelo mundo.
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Por Luiz Henrique Marcolino Cisterna – Fala! Anhembi