Faça amor, não faça guerra! Comportamentos que mudaram os padrões estéticos e democratizaram a moda dos anos 70
Para começarmos a falar sobre a moda dos anos 70, precisamos citar os maiôs, pantalonas, calças de cintura alta e estampas multicoloridas que eram peças fundamentais da época. O movimento Hippie estava sendo extremamente popularizado graças ao Woodstock, festival de música muito conhecido na época. O estilo era comum entre os jovens que propagavam “paz e amor”.
Mesmo muito popular, o estilo Hippie não foi o único a ganhar força. O movimento punk, que tinha como peças principais as calças rasgadas, rebites, alfinetes, jaquetas de couro e cortes e cores de cabelos diferentes, também foi uma febre.
Foi na década de 70 também que ocorreu o nascimento do conceito de grife, que veio para diferenciar as roupas exclusivas desenhadas por estilistas que começaram a ser produzidas. Podemos entender a moda dos anos 70 separando-a em três estilos principais: Glam Rock, Disco e Punk Rock.
Nesse período, o mundo passou a conhecer novos designers, descobrindo que haviam muitas pessoas capazes de ditar tendências além da alta costura. Os anos 70 deram início à moda democrática, com nomes como Calvin Klein, Jean Paul Gaultier, Gucci e Ralph Lauren, que levaram a moda a patamares globais.
Os três principais estilos na moda dos anos 70
Glam Rock: Lutando por um mundo com roupas sem gênero
Esse movimento iniciou-se no fim dos anos 60 na Inglaterra, tendo seu auge apenas durante os anos 70, começando na música, quando nomes como David Bowie e Alice Cooper aderiram ao estilo.
Essa nova tendência era uma novidade e as pessoas conservadoras definitivamente não souberam lidar com tamanha ousadia. O Glam Rock foi o primeiro movimento da moda inclusivo e sem barreiras, visando que as pessoas usassem o que quisessem, sem que estivessem aprisionadas ao gênero de suas peças, explorando um novo conceito criativo, ressaltando a intenção de chocar as gerações antigas e caretas, apoiando o discurso de liberdade criativa e sexual.
Disco: os reis das pistas de dança
Com camisas e vestidos de poliéster, plataformas, bodies coloridos, estampas, calças boca de sino e cores, os amantes da moda disco tinham o poder de transformarem-se em reis da pista de dança. É impossível falar da moda dos anos 70 sem pensar nas discotecas. Essa tendência deu voz à comunidade negra, aos pobres, aos LGBTQIA+ e todos os grupos sociais que vivem oprimidos e sentiam necessidade de se expressarem.
A comunidade Drag foi representante primordial para a moda disco da época, sendo considerados os donos da vida noturna e porta-vozes na luta pelos direitos da minoria.
A moda Punk: Costumes sociais independentes
Aqui já vimos que os anos 70 foram sinônimo de cultura underground, liberdade e criatividade nos movimentos alternativos.
O punk foi um dos movimentos sociais mais puros que a moda da época nos presenteou, trocando brilhos e cores chamativas por spikes, rebite, couro e pele. Como cultura, o punk surgiu da ramificação da política marginal, muitas vezes confundida com pessoas que tinham costumes sociais independentes e subversivos. As pessoas que faziam parte desse movimento acreditavam que a anarquia era a única forma de se melhorar a sociedade.A cultura punk é tão forte que até os tempos atuais segue presente na moda da sociedade. Jaquetas de couro com rebites, delineador preto, calças jeans rasgadas, casacos de pele e camisetas de banda vieram à tona graças ao movimento punk.
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Por Caroline Devides – Fala! Universidade Metodista de São Paulo