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O que aconteceu em Idaho? Caso de assassinato quádruplo ainda está em investigação

Durante a madrugada do dia 13 de novembro de 2022, os estudantes Ethan Chapin, Xana Kernodle, Kaylee Goncalves e Madison Mogen foram brutalmente assassinados a facadas em Moscow, Idaho, nos Estados Unidos. O aluno de PhD em Criminologia na Universidade do Estado de Washington, Bryan Christopher Kohberger, 28, é o principal suspeito e foi preso um mês e meio após o crime que deixou todos os residentes da pequena cidade em estado de alerta.

Suspeito do assassinato quádruplo em Moscow
Suspeito do assassinato quádruplo em Moscow. | Foto: Matt Rourke/AP.

Veja o que aconteceu em Idaho

Na casa localizada na 1122 King Road, moravam duas das quatro vítimas, Madison e Xana, e outras duas garotas: Dylan Mortensen e Bethany Funke, 21, ambas sobreviventes ao ataque. O cachorro de Kaylee, Murphy, também estava presente, mas foi deixado ileso e está sendo cuidado pelo ex-namorado da estudante, Jack DuCoeur.

Da esquerda para a direita: Dylan Mortensen, Madison Mogen (em cima), Kaylee Goncalves, Ethan Chapin, Xana Kernodle e Bethany Funke
Da esquerda para a direita: Dylan Mortensen, Madison Mogen (em cima), Kaylee Goncalves, Ethan Chapin, Xana Kernodle e Bethany Funke. | Reprodução: Instagram.

Os policiais receberam uma chamada pelo celular de uma das duas sobreviventes às 11:58 da manhã, horas depois do crime, sendo reportado uma pessoa inconsciente. O responsável pela ligação e seu conteúdo na íntegra ainda não foram liberados para o público. Internautas contestam, pois, geralmente, essa é uma das primeiras evidências a serem compartilhadas, a única informação concedida pelas autoridades é que teriam falado com múltiplas pessoas na ligação.

Os policiais presentes dizem que a cena foi uma das piores já vistas e muitos estão tendo acompanhamento psicológico. Um policial contou ao site britânico Daily Mail que “tinha sangue em todo lado. Temos policiais que estão em exercício há 20, até 30, anos e eles dizem que nunca viram nada parecido.”

Bill Thompson, promotor do condado de Latah, afirmou durante coletiva de imprensa que Bryan Kohberger deve responder a quatro acusações de assassinato e a uma de arrombamento. A arma do crime ainda não foi encontrada; a motivação e conexão entre o assassino e as vítimas ainda não foram reveladas.

Em declaração juramentada publicada oficialmente pelo governo de Idaho no dia 5 de janeiro de 2023, o policial Brett Payne traz informações que ainda não haviam sido apresentadas: Xana Kernodle e seu namorado Ethan Chapin, 20, foram encontrados no quarto de Xana, o corpo de Kernodle estava no chão. Naquela noite, Ethan era convidado de Xana, pois o rapaz, na verdade, morava em uma fraternidade próxima da casa.

Madison Mogen e Kaylee Goncalves, 21, foram encontradas na mesma cama no quarto de Mogen. Kaylee, assim como Ethan, não morava na casa, a aluna já havia sido uma residente, mas se formou e se preparava para morar em Austin, no Texas. Próximo aos corpos das vítimas foi encontrado a bainha da faca utilizada, onde mais tarde foi achado DNA do suspeito.

Ainda segundo as informações publicadas, Bryan Kohberger dirigiu até a casa por pelo menos doze vezes antes de assassinar os estudantes. O suspeito também teria retornado a cena do crime horas depois, conforme indica a localização de seu celular, o motivo segue sendo desconhecido.

Dylan Mortensen, uma das sobreviventes, afirma que estava acordada por volta das quatro da manhã e que havia escutado Kaylee Goncalves brincando com Murphy. Pouco tempo depois, ela diz que ouviu Kaylee dizer “Há alguém aqui”, segundo a perícia pode ter sido a voz de Xana que, a partir de dados coletados do celular dela, estava acordada assistindo vídeos no TikTok às 4:12 da manhã.

A sobrevivente diz ter levantado e aberto sua porta, mas como não viu nada, voltou a deitar. Minutos depois, Dylan diz ter aberto a porta pela segunda vez após escutar o que acredita ter sido um choro vindo do quarto de Xana, ela ainda afirma que escutou uma voz masculina dizer “Está tudo bem, vou te ajudar.”

Mortensen então abriu a porta pela terceira e última vez, dessa vez vendo uma pessoa andando em direção ao seu quarto e saindo em seguida pela porta de vidro da cozinha. O suspeito vestia “roupas pretas e uma máscara que cobria sua boca e nariz”, ela o descreveu para a polícia como um homem que media “1,80 metros ou mais alto, não muito musculoso, mas com físico de atleta, e sobrancelhas grossas”, após o encontro, a jovem diz ter se trancado em seu quarto.

Bryan Kohberger permanece preso e nessa quinta-feira, 5, esteve pela primeira vez no tribunal em Idaho. A família e a advogada do suspeito defendem sua inocência, enquanto internautas torcem para que ele enfrente o temido corredor da morte.

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Por Carol Gonçalves – Fala! Cásper

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