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Futevôlei volta com tudo às arenas do Rio de Janeiro e atrai muitos participantes

O futevôlei é uma atividade com mais de meio século de existência, que foi popularizada por jogadores de futebol à procura de diversão. 

A modalidade trabalha com pernas e braços e envolve uma elevada coordenação motora. Durante o período pandêmico, o esporte ganhou maior destaque, já que sua dinâmica permite certa distância entre cada atleta e o esporte acontece em ambientes abertos e bem ventilados.

Estima-se que o número de praticantes está em torno de 10 mil, e sobe a cada dia. Atualmente, mesmo jogado em mais de quarenta países, em nenhum outro ponto do planeta o futevôlei é tão relevante quanto no Brasil e seu destaque maior é no estado do Rio de Janeiro, em cidades como Macaé que conta com espaço para a prática da modalidade, bem como com as quadras de areia a céu aberto em um clube da cidade no qual fica localizada a Escola de Futevôlei de Macaé.

Estudantes e profissionais aproveitam o futevôlei

O estudante Rafael Vasconcellos, 16 anos, é um dos atletas apaixonados pelo esporte. Ele iniciou sua trajetória no futevôlei no início de 2021, ao ser apresentado à modalidade pelo seu tio. “Meu tio me influenciou a jogar, me mostrou a Escola de Futevôlei de Macaé e depois eu nunca mais parei”, conta.

A principal dificuldade de Rafael foi aprender a defender a bola, pois é uma etapa importante, visto que evita que a bola toque o chão quando a dupla rival executa o ataque. “A defesa é uma coisa difícil no futevôlei”, ressalta ele.

Na maioria dos campeonatos que disputa, Rafael costuma fazer dupla com o amigo Rodrigo. A primeira competição ocorreu em 2021. “Decidimos fechar dupla de novo em 2022 no mês de maio”, afirma o atleta.

Para o atleta Alan Rangel, 33 anos, a maior dificuldade foi acertar os fundamentos do jogo e a mobilidade. Segundo ele, o futevôlei trouxe melhorias contínuas para sua vida. “Melhorou minha autoestima e meu extinto de desafio sendo que sou iniciante”, ressalta Rangel.

O atleta teve sua primeira competição no campeonato interno da Escola de Futevôlei de Macaé. Para ele, é fundamental fazer dupla com quem está disposto a jogar. “Como sou iniciante, quero aprender tudo sobre o esporte”, diz.

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A volta do futevôlei às arenas do Rio de Janeiro. | Foto: Freepik/montagem.

Meninas no futevôlei

Em um esporte que era predominantemente masculino, com o passar dos anos, as mulheres foram abrindo seu espaço e ganhando protagonismo.

Muitas pelo grande gasto calórico, que pode chegar a 800 calorias por treino, outras incentivadas por amigos.

Elas começaram a jogar usando os pés e a cabeça para recepcionar, passar e atacar a bola. Com o tempo, as mulheres conseguiram usar os ombros. Hoje, elas recepcionam, passam e atacam com  qualquer um dos ombros com absoluta precisão. Esse é o perfil de um grupo crescente de mulheres que vem invadindo as arenas da Escola de Futevôlei de Macaé.

A estudante de administração Rayane Barbosa,19 anos, teve a primeira experiência no futevôlei há cerca de quatro anos. “Uma amiga me chamou para fazer, eu não fazia ideia de como era, aonde era, não sabia nada, mas topei, e desde que comecei não parei até hoje, sou apaixonada pelo esporte”, lembra a jogadora.

Rayane diz que uma das suas dificuldades é saber como entrar na bola. “Acredito que minha principal dificuldade seja entrar na bola para recepcionar e leitura de jogo”, afirma.

A atleta teve seu primeiro torneio no campeonato interno da própria escola em que treina a EFM. “Eu nem ia participar, fui para assistir, mas uma das meninas faltou, então me chamaram para completar e eu fui na cara e coragem”, recorda.

Rayane diz que o principal benefício do futevôlei é o condicionamento físico e mental. A prática do esporte para as mulheres ajuda a definir os músculos e endurece as pernas e glúteos por conta dos exercícios de velocidade, resistência e funcionais.

Para a professora de Educação Física Pâmela Riscado, de 27 anos, a maior dificuldade na modalidade é a leitura do jogo, a mobilidade e o deslocamento. Os movimentos do futevôlei exigem muito do corpo e são difíceis de serem executados, por isso o atleta tem que ter em mente os fundamentos do esporte.

Pâmela defende a prática do futevôlei como uma atividade de grande importância para a qualidade de vida porque além de ser praticada ao ar livre, auxilia na manutenção da vitamina D e o esporte também proporciona aos atletas a criação de laços de amizade.

Benefícios à saúde

Como todo esporte, são muitos os benefícios à saúde para quem resolve adotar o futevôlei em sua rotina de vida.

O esporte, que atrai não somente como opção de diversão e socialização, melhora o condicionamento físico, cardiorrespiratório e ajuda a perder calorias.

Adonias Martins, formado em Educação física, pós-graduado em treinamento desportivo, educação física escolar e treinamento funcional e professor de futevôlei na EFM, destaca que qualquer deslocamento na areia de curta duração e alta intensidade é um exercício essencial para a mobilidade e costuma ser bastante trabalhado.

“O futevôlei além de ser um esporte que serve para socializar, ele ajuda muito também no combate ao solitarismo, criação de hábitos saudáveis, treinamento em equipe, competitividade e fora as valências físicas como força, velocidade, tornos musculares, emagrecimento, tudo isso a gente consegue trabalhar no futevôlei”, explica Adonias Martins.

Principais cuidados

Segundo Adonias Martins, antes de iniciar a prática do futevôlei é importante ter uma orientação profissional adequada. “Ter um profissional formado em educação física com registro no CREF (Conselho Federal de Educação Física), estrutura e um ambiente seguro facilita o treinamento do esporte”, reforça.

O futevôlei é uma atividade que reúne movimentos do futebol e do vôlei tradicionais, mas que, normalmente, é praticada na areia.

“Existem alguns detalhes que diferenciam as práticas de futevôlei, vôlei de praia e vôlei de quadra. Eu costumo falar que quem joga vôlei de praia e migra pro futevôlei tem muita facilidade no entendimento tático do jogo acaba que o vôlei de praia por usar as mãos é um esporte muito agressivo mais em termo de leitura de jogo é bem parecido. O vôlei de quadra ajuda também no posicionamento quando joga nos treinamentos  em dois e dois  e três por três mais o piso contribui para a diferença ser maior  porque na quadra o piso é plano e na areia é bastante irregular”, explica Adonias.

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Por Victoria Azevedo – Fala! Universidade Cruzeiro do Sul

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