No último dia 3 de abril, o país se despediu da “dama da literatura brasileira”, como era conhecida a escritora Lygia Fagundes Telles. Ocupante da cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras – cujo patrono é o poeta baiano Gregório de Matos – Lygia foi eleita para a instituição em 1985, sendo a terceira mulher a receber o título de “imortal” da ABL. Diante disso, cabe ressaltar a importância da autora paulista na história das Letras brasileiras. Relembre a trajetória da escritora.
A trajetória de Lygia Fagundes Telles
Ao longo de sua vida, Lygia Fagundes protagonizou diversas conquistas. Dentre os prêmios recebidos pela escritora, destaca-se aqui o Prêmio Camões, principal honraria literária para autores de língua portuguesa. Telles recebeu o prêmio em 2005 pelo conjunto de sua obra – a única mulher brasileira a fazê-lo, além de Rachel de Queiroz. Também foi vencedora do Prêmio Jabuti em mais de uma ocasião – ressalta-se a premiação pelo romance “As meninas”, em 1974. Foi ainda indicada ao prêmio Nobel de Literatura em 2016, sendo a primeira indicação de uma mulher brasileira à honraria.
É pertinente apontar a amizade de Lygia Fagundes Telles com outros grandes nomes das Letras nacionais, como Érico Veríssimo e Carlos Drummond de Andrade. À semelhança dos escritores citados, as temáticas críticas e sociais são características perceptíveis em textos da autora. Destaca-se aqui a importância do já citado “As meninas”, premiado romance cujo enredo se passa nos anos da ditadura militar. O livro é marcado pelo protagonismo feminino e pelo fluxo de consciência. Além disso, convém mencionar que seu primeiro romance, “Ciranda de Pedra” (1954), foi adaptado duas vezes em telenovelas da Rede Globo: em 1981 e em 2008.
Por todos esses motivos, destaca-se aqui a relevância de Lygia Fagundes Telles no cenário literário brasileiro. É fundamental, portanto, conhecer a célebre escritora da qual o país se despediu.
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Por Gabriela Brahim Correa – Fala! Universidade Cruzeiro do Sul