Apesar da democracia predominar no cenário político contemporâneo, ainda há mais de 40 países com monarquia e cerca de 28 famílias reais, algumas delas com poderes absolutistas, outras com poderes limitados e algumas meramente figurativas.
A Europa conta ainda com 10 famílias reais hereditárias, que seguem desfrutando de algum tipo de papel no sistema político de seus países (regimes de monarquias constitucionais), como por exemplo, a Bélgica, Dinamarca, Reino Unido, Suécia e Estado da Cidade do Vaticano. A seguir, conheça melhor esses países e sua influência na política européia.
5 países europeus com uma monarquia
1. Bélgica
A Bélgica é uma monarquia constitucional hereditária, em que o monarca é o chefe de Estado e o Primeiro-Ministro é o chefe de governo, num sistema multipartidário. O monarca hereditário, atualmente Philippe I, que assumiu o trono em 2013, é o chefe de estado, oficialmente chamado de “Rei dos Belgas” ( indica uma monarquia popular ligada ao povo da Bélgica, ou seja, a vida e Chefe de Estado hereditário; ainda aprovada pela vontade popular). O primeiro-ministro do país é Alexander de Croo, que chegou ao cargo em fevereiro de 2020.
Quando a Bélgica se tornou independente em 1830, o congresso nacional da Bélgica optou por uma monarquia constitucional como forma de governo. Como um sistema de monarquia constitucional hereditária, o papel e o funcionamento da monarquia belga é regida pela constituição da Bélgica.
Em 2013, Delphine Boël abriu um processo sobre seus direitos a um título real, por ser filha fora do casamento do ex-rei belga Albert II e agora será oficialmente conhecida como princesa da Bélgica. Ela ganhou o direito de se intitular princesa após uma batalha legal de sete anos para provar seu vínculo de paternidade e poderia usar o título real, bem como o sobrenome do monarca, em uma decisão do Tribunal de Apelação de Bruxelas.
2. Dinamarca
A monarquia dinamarquesa possui mais de 1000 anos de idade, tornando-a a quarta monarquia contínua mais antiga no mundo.
A Dinamarca é uma Monarquia Constitucional baseada na Democracia Parlamentarista, o monarca é o Chefe do Estado e detém todos os poderes executivos. Na prática, os poderes executivos são exercidos pelo Primeiro-Ministro, em nome do monarca.
3. Reino Unido
A monarquia britânica é chamada de monarquia constitucional, onde quem governa ela é um parlamento eleito, junto com uma câmera dos Lordes. Por isso, existe a monarquia, mesmo ela não sendo o centro de criação e execução de leis.
Mesmo em um mundo onde os governos monárquicos são cada vez menores, a monarquia britânica ainda se mantém firme no trono, e carrega o título de família real mais popular do mundo.
A tentativa de se manterem próximos ao povo pode ser o motivo do grande sucesso da família real britânica. Os casamentos, por exemplo, por muito tempo eram privados e sem o acesso do grande público. Contudo, Elizabeth e Philip quebraram essa antiga tradição e utilizaram das novas tecnologias da época para se tornarem o primeiro casal real a transmitir a cerimônia na rede televisiva.
A rainha Elizabeth II é a personagem central da monarquia britânica há mais de 6 décadas, chefe de estado do Reino Unido e dos 15 países da comunidade de nações. Era casada com o príncipe Philip, Duque de Edimburgo desde 1947, que morreu no dia 9 de abril de 2021. Juntos eles tiveram 4 filhos, 8 netos e 8 bisnetos.
Seu filho mais velho, Charlie, é o príncipe de Gales e é o herdeiro do trono.
4. Suécia
A Monarquia na Suécia é uma das mais antigas do mundo e baseia-se em tradições que se estendem há mais de mil anos atrás. A Suécia é uma monarquia constitucional parlamentarista e hereditária, ou seja, o chefe de Estado é o Rei, mas suas funções são apenas oficiais e cerimoniais.
Em 2019, O rei Carl 16º Gustaf da Suécia excluiu cinco netos da Casa Real, segundo anúncio feito nesta terça-feira (8). A decisão do monarca significa que os garotos não terão mais status de alteza real e tampouco se espera que cumpram funções reais oficiais. Mas continuarão sendo membros da família real, com seus títulos de duques e duquesas.
5. Estado da Cidade do Vaticano
O Vaticano se autodefine como uma monarquia absolutista, em que o chefe de Estado e monarca é o papa, o detentor dos poderes executivo, legislativo e judiciário. O Papa tem duas funções: uma de ordem espiritual, como chefe da Santa Sé. A outra, temporal, como chefe do Vaticano. Ao renunciar à sua posição como papa, ambas as posições tornam-se vagas.
O Vaticano, embora seja uma monarquia, tem características únicas. A principal é que ele é a única monarquia eletiva no mundo e assim não possui uma linha sucessória. Isso faz com que seja a única monarquia no mundo na qual, ocorrida a renúncia, não se saiba quem o sucederá.
O desconhecimento de quem será o sucessor é fundamental para a estabilidade e perpetuação da instituição e para a própria manutenção dos dogmas da igreja.
________________________________________________________
Por Lívia Ferreira de Almeida – Fala! Mack