Desde 2006, quando a seleção brasileira era repleta de craques, ainda tinha amor, não tinha como não gostar de um time com Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Adriano e Kaká. Impossível acreditar que o Brasil não seria campeão daquela copa. A expectativa gerada era semelhante à do time de 82, mas o que assistimos foi o final parecido com o da seleção de Sócrates, Falcão e Zico.
Muitas coisas começaram a ser reveladas desde que a seleção brasileira foi desclassificada na Copa da Alemanha, o choro do jogador Zé Roberto dentro de campo, era evidente que faltou entrega e que defender a pátria para alguns que estavam em campo já não era mais um desejo, e sim uma obrigação. Muitos deles sem raça, comprometimento e alguns fora de forma.
Podemos dizer que a partir da eliminação para França nas quartas de finais, a torcida pela seleção nunca mais foi a mesma. Jogadores convocados pela seleção brasileira que atuam na Europa parecem vir para seu país de origem jogar amistosos, não querem mais sair da sua zona de conforto, não gostam de jogar eliminatórias e Copa América. Só querem Copa do Mundo, pela visibilidade e, por consequência, fazer um novo contrato e ser vendido para outro grande clube. Resumindo: ganhar dinheiro.
Alguém jamais irá esquecer o desastre do sete a um contra Alemanha na Copa de 2014 e o fiasco contra a Bélgica em 2018. O que faz prender um torcedor na frente da televisão para ver o time de Tite jogar? Quem se arrisca a vestir a camisa verde amarela para ver um futebol preguiçoso, pragmático, e a individualidade do circo caótico de Neymar?
Entretanto, vai ser difícil recuperar o amor pela amarelinha. Talvez um dia, voltamos a torcer de forma apaixonante como já foi no passado, o dia que o Brasil ter no comando um Guardiola que apostará em jogadores que atuam no País e a CBF definir de fato seu comando e parar de escancarar corrupção, nossa paixão por torcer volte à tona. Sendo assim, urgentemente uma mudança precisa acontecer. Tirar os mesmos e apostar nos preparados, ousar no comando técnico, e uma nova fotografia de time poderá ser uma reconquista!
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Por Abel Santos – Fala! UNIASSELVI