Com aumento da aglomeração, o país alcançou índice recorde de mortes em um único dia por Covid-19; entenda sobre essa data marcada pela calamidade sanitária
O Brasil registrou a marca de 4 mil mortes pelo novo coronavírus em 6 de abril, alcançando índice recorde da pandemia. Com a vacinação em ritmo lento e o afrouxamento das medidas restritivas, a média de mortes diárias pela doença no país ficou em 2.147. Os dados foram divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa, formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde. Veja alguns dos eventos que contribuíram para a crise da saúde pública.
Causas do aumento de mortos pela Covid-19
Aglomeração
O descumprimento de medidas restritivas ocasionou no aumento do contágio da Covid-19 entre a população. Em diferentes regiões do país, governadores e prefeitos adotaram distintas medidas de isolamento. O governo Bolsonaro, por exemplo, criticou a adoção de políticas sanitárias para impedir o avanço da doença e chegou a entrar na Justiça para barrar decretos de toque de recolher na Bahia, no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul. Nas praias, comércios e ruas o cenário era de aglomeração e descumprimento do distanciamento social.
Uso de máscaras
No dia 3 de julho de 2020, entrou em vigor a lei que tornava obrigatório o uso de máscaras de proteção facial em espaços públicos, com objetivo de diminuir a transmissão da Covid-19, que ocorre principalmente pelo ar. Mas muitos não seguiram as recomendações sanitárias para impedir o avanço da doença, o que resultou no contágio em massa. No final de abril, 14.665.905 pessoas haviam sido infectadas pelo Sars-CoV-2.
Vacinação em ritmo lento
Apenas no dia 17 de janeiro de 2021, a primeira pessoa foi vacinada contra a Covid-19. Mônica Calazans, de 54 anos, recebeu o imunizante CoronaVac, desenvolvido no país pelo Instituto Butantan, no Hospital das Clínicas de São Paulo. O cenário de vacinação ainda assim era ocioso. No final de março, apenas 8% da população estava imunizada contra o vírus.
500 mil vidas perdidas pela Covid-19
No último sábado, (19), o Brasil ultrapassou a marca de 500 mil vidas perdidas pela doença desde o início da pandemia, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que ocupa o 1° lugar de mortes pelo vírus, mas que tem população cerca de 50% maior do que a do Brasil. O perfil das vítimas da Covid-19 também tem mudado, pela primeira vez, a maioria dos óbitos pelo coronavírus está entre pessoas com menos de 60 anos.
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Por Ana Claudia Silva – Fala! Universidade Cruzeiro do Sul