Rogério Caboclo, presidente da CBF, foi afastado do cargo por 30 dias no último domingo (6) em razão de acusações de assédio sexual apresentadas na sexta-feira (4). A decisão foi tomada pela Comissão de Ética da entidade para que as investigações sejam feitas.
Duas câmaras diferentes da Comissão farão as investigações sobre o caso. A primeira, é formada por cinco integrantes e o relator será escolhido por Carlos Renato de Azevedo Ferreira, presidente do conselho. O grupo é responsável por ouvir as testemunhas, averiguar as provas das denúncias e fazer a apuração dos indícios. Já a Câmara de Julgamento fará a análise dos integrantes do relatório dos membros, bem como implementará medidas necessárias caso a condenação ocorra.
Segundo aponta o Globo Esporte, Caboclo nega as acusações e afirma que não cometeu assédio sexual e moral, e comprovará na Comissão de Ética. Em nota, a CBF divulgou que o vice-presidente, Antônio Carlos Lima, assumirá o cargo temporariamente. A CNN confirmou que as investigações já foram iniciadas nesta manhã.
PRESIDENTE DA CBF É ACUSADO DE ASSÉDIO SEXUAL POR FUNCIONÁRIA DA ORGANIZAÇÃO
Na última sexta-feira (4), uma funcionária da entidade apresentou denúncias contra o presidente da CBF. A autora das acusações apontou que os abusos estavam ocorrendo desde abril de 2020. No documento apresentado, ela alega ter provas dos episódios narrados e exigiu que Rogério Caboclo fosse devidamente investigado e punido pela organização.
Dentre os fatos mencionados, a vítima relata diversos constrangimentos que vivenciou durante viagens e reuniões da CBF com o presidente e outros diretores. A funcionária também declarou que Caboclo criou narrativas mentirosas a respeito de relacionamentos que ela teria tido com integrantes da organização. Na denúncia, ela relata que o presidente tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro chamando-a de “cadela”.
Ontem, o Fantástico divulgou trechos das gravações das conversas de Caboclo com a funcionária quando estavam sozinhos. Em um dos áudios, ele oferece uma taça de vinho, contudo ela rejeita. Em seguida, o presidente começa a falar sobre a intimidade do seu casamento e pergunta à funcionária: “Você se masturba?”. Além disso, Rogério Caboclo teria oferecido cerca de 12 milhões para que a vítima ficasse em silêncio sobre a ocorrência.
A autora da denúncia faz parte do time de cerimonialistas da CBF há mais de oito anos. Ela encontra-se afastada da organização por estar enfrentando problemas de saúde. Segundo a CNN, há pelo menos um mês e meio atrás, ela relatou os abusos sofridos, mas o caso não foi formalizado.
______________________________
Por Lucas Kelly – Redação Fala!