A hipertensão, conhecida popularmente como “pressão alta”, é uma doença que atinge cerca de 1/3 da população adulta e tem relação com os níveis tensionais do sangue durante a circulação. Artérias estreitas aumentam a necessidade de o coração bombear com mais força para fazer o sangue circular. Assim, a doença dilata o coração e danifica as artérias.
Este tipo de alteração é considerada um das mais comuns na população e, geralmente, acontece devido a uma alimentação desequilibrada e falta de exercícios físicos, embora possa acontecer também pela presença de outros problemas de saúde, como doenças renais ou alterações cardíacas.
Atualmente, definimos a hipertensão arterial de dois modos, de acordo com suas causas: hipertensão essencial (ou primária) e hipertensão secundária. A essencial, também chamada de primária, é aquela que surge sem causa esclarecida, enquanto a secundária é aquela que ocorre por causa de uma doença identificável, como insuficiência renal, apneia do sono, hipotireoidismo.
Sintomas
A pressão alta é uma doença silenciosa que, na maioria dos casos, não causa qualquer tipo de sintoma. Por esse motivo, é muito comum que se tenha hipertensão por vários anos antes de surgir qualquer tipo de sintoma. Ainda assim, quando acontecem picos em que a pressão arterial sobe de repente, podem surgir sintomas de pressão alta, como:
- Enjoo e tonturas;
- Dor de cabeça;
- Sonolência;
- Zumbido no ouvido;
- Alterações da visão;
- Dificuldade para respirar;
- Dores no peito;
- Franqueza.
Sempre que surge algum destes sintomas é importante marcar uma consulta com um clínico geral para avaliar a possibilidade de ter hipertensão, iniciando o tratamento adequado. Além disso, existem algumas medidas que podem ser feitas durante um pico de hipertensão e que ajudam a regular a pressão arterial, como tentar relaxar ou tomar o remédio para pressão receitado pelo médico.
O que causa hipertensão
A hipertensão surge sempre que existe alguma alteração que cause dificuldade para o sangue circular nos vasos sanguíneos, aumentando a pressão que o coração precisa fazer para que o sangue circule corretamente. No entanto, dependendo do tipo da doença, existem causas diferentes:
Hipertensão primária
A hipertensão primária é a causa da pressão alta em 95% dos pacientes. Sim, praticamente todos os casos de pressão alta são causados pelo que definimos como essencial. Ela é aquela que surge ao longo do tempo, sem estar relacionada com qualquer problema de saúde ou uso de algum tipo de substância ou medicamento e, por isso, a causa é mais difícil de identificar.
Este é o tipo mais comum de hipertensão e, normalmente, está relacionada com fatores como:
- Genética: algumas pessoas e famílias apresentam maior tendência para apresentar pressão arterial alta;
- Má alimentação: uma alimentação pouco saudável, como elevada ingestão de sal, açúcar e frituras pode causar alterações que aumentam a pressão arterial;
- Falta de atividade física: o exercício físico é importante para manter o bom funcionamento do coração e para regular a pressão arterial.
Além disso, a idade também pode causar aumento da pressão arterial devido à diminuição da elasticidade dos vasos sanguíneos. É por esse motivo que também é mais comum em idosos.
Hipertensão secundária
Ao contrário da hipertensão essencial, onde há fatores de risco identificados, mas não há uma causa claramente estabelecida, a hipertensão secundária é, por definição, aquela que tem uma causa bem definida. O paciente tem uma doença que leva à hipertensão. São várias as doenças que podem causar o tipo secundário, mas todas juntas representam apenas 5% do total de casos de hipertensão. Isto é importante frisar: 95% dos casos são primários.
A hipertensão secundária é mais rara, mas geralmente apresenta causas mais fáceis de identificar como:
- Doença renal;
- Problemas cardíacos;
- Alterações da tireoide;
- Uso de alguns medicamentos;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Doenças hormonais.
Tratamento e prevenção
Pessoas com níveis de pressão muito elevados (acima de 160/100 mmHg) fazem o controle com medicamentos. No entanto, a mudança de estilo de vida é fundamental e inclui:
- Consumo moderado de sal;
- Dieta rica em frutas, cereais integrais e vegetais;
- Consumo reduzido de álcool;
- Redução de peso;
- Atividades físicas regulares;
- Abandonar o cigarro.
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Por Sabrina Ferreira – Fala! Centro Universitário Brasileiro de Pernambuco – Recife