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Como o aumento de casos de Covid-19 afeta as relações exteriores

O presidente tentou salvar a economia, porém o aumento dos casos de Covid-19 no Brasil prejudicou as relações exteriores e a imagem do país devido à forma de lidar com a pandemia.

Os principais itens que são exportados pelo Brasil são: soja, o País é um dos maiores produtores do mundo, ficando atrás dos Estados Unidos; petróleo; carne bovina (fresca, congelada ou refrigerada); minério de ferro; açúcar; entre outros. Em 2019, o Brasil exportou US$ 225,383 bilhões e importou US$ 177,347 bilhões, tendo um superávit de US$ 48,035 bilhões na balança comercial brasileira, de acordo com os dados do ComexStat. E em 2020, a balança comercial brasileira teve o superávit de US$ 50,9 bilhões, conforme os dados divulgados pelo Ministério da Economia.

Segundo a Agência Brasil, a pandemia de Covid-19 causou um impacto no comércio do País com outros países acima da média mundial. No ano passado, a corrente de comércio (soma de importações e exportações) brasileira recuou 8,2%, conforme o levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em números recentes da Organização Mundial do Comércio (OMC). Nesse mesmo período, o real foi desvalorizado, contribuindo para o encarecimento mercadorias do exterior.

Melhorias necessárias na economia

Para a melhoria na integração do Brasil ao comércio global, a CNI defende políticas internas e externas. Em relação ao plano interno, a entidade recomenda o avanço de reformas estruturais, principalmente a tributária; já no  plano externo, a agenda de comércio exterior engloba medidas de desburocratização, redução de tarifas, melhoria do financiamento e o fechamento de acordos comerciais para a redução de barreiras aos produtos brasileiros no exterior. Tendo esses dados, a melhoria da crise sanitária também conta como um fator importante para que o Brasil se recupere economicamente.

A lentidão na vacinação contra a Covid-19

A ampla disseminação de Covid-19 segue piorando, embora estejamos no processo de vacinação. Nessa segunda-feira (31), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um estudo que mostra que a lentidão no processo de imunização conta como um risco que pesa na recuperação econômica no País.

Nos países ricos, o avanço progressivo da vacinação permite a reabertura de atividades e as medidas de apoio fiscal ajudam a impulsionar a demanda e mitigar o risco de a pandemia deixar sequelas a longo prazo na economia, preservando empresas e empregos, afirma o estudo.

Citação de um trecho da matéria do G1.

Segundo o mesmo estudo, a retomada econômica do Brasil “permanece frágil”, mesmo com o crescimento no último trimestre de 2020 e nos primeiros meses de 2021, levando em consideração o varejo e o setor de serviços houve um grande recuo em março pelo agravamento da pandemia.

A Organização reforça que é “fundamental que as autoridades brasileiras tomem rapidamente medidas para controlar a pandemia, principalmente a aceleração da campanha de vacinação e a melhora do rastreamento dos casos de contaminação”.

Retomada econômica lenta em meio à Covid-19

Conforme o saldo positivo e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre de 1,2%, divulgado pelo IBGE nessa terça-feira (1) , porém ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto de atividade econômica no País. Segundo o G1, as principais atividades que se destacaram em relação ao crescimento do PIB foram:

  • Serviços: 0,4%
  • Indústria: 0,7%
  • Agropecuária: 5,7%
  • Consumo das famílias: -0,1%
  • Consumo do governo: -0,8%
  • Investimentos: 4,6%
  • Exportação: 3,7%
  • Importação: 11,6%
  • Construção civil: 2,1%
PIB
Infográfico com números variados do PIB ao longo dos anos. | Foto: G1.

Imagem do Brasil no exterior

No começo da pandemia, alguns estados aderiram às medidas de segurança recomendadas pela OMS, sendo assim, restringiram o funcionamento presencial de comércios, restaurantes e escolas já que ninguém tinha uma solução eficiente naquele primeiro momento.

Após a confirmação de mais de 10 casos no País, em março de 2020, o presidente criticou a paralisação das atividades e comparou a contaminação de Covid-19 como uma “gripezinha” e afirmou que, se pegasse, não sofreria. Um ano depois, seus posicionamentos contra o isolamento social permanecem, segundo Bolsonaro, há “idiotas que até hoje ficam em casa”. 

O governo brasileiro foi considerado como “irresponsável” e “vulnerável” nesse estudo de 2020; mesmo ano que a imprensa americana publicou 1.179 matérias sobre o Brasil, sendo elas 1.088 negativas (92%) e 91 positivas (8%), tendo pautas com ataques ao meio ambiente, gestão da pandemia e questões políticas/democráticas.

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Representação de como o Brasil está sendo visto no exterior. | Foto: Aberje.

Com a vacinação lenta e com as novas variantes da Covid-19, estimativas da Universidade de Washigton (EUA) apontam que o Brasil pode estar diante de uma terceira onda da pandemia.

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Por Isabella Martinez – Fala! Anhembi

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