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Como a 1ª Guerra Mundial mudou a posição da mulher na sociedade?

Primeira Guerra Mundial foi responsável por impulsionar muitas mudanças. A transformação do papel da mulher na sociedade foi uma das mais dramáticas. Isso aconteceu porque a única imagem feminina que o mundo conhecia era a de mãe e esposa. Mas, depois do conflito, mulheres passaram a ocupar espaços que antes lhe eram restringidos. 

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Como a Primeira Guerra Mundial transformou o papel da mulher na sociedade. | Foto: Unsplash.

Quer entender a participação da mulher na primeira grande guerra e descobrir as consequências disso? Continue a leitura!

Participação da mulher na Primeira Guerra Mundial

Durante a Primeira Guerra, com homens indo para o front de batalha, países envolvidos no conflito viram sua mão de obra diminuir drasticamente. Por conta disso, mulheres tiveram que assumir as posições de seus maridos e filhos nas fábricas, escritórios, cafés, escolas e atrás dos volantes.

É importante lembrar que, em diversos países ao redor do mundo, reinava a imagem de “família perfeita”. Onde a esposa cuidava do lar e filhos, enquanto o marido saía para trabalhar. Mulheres não podiam sair de casa sem companhia, muito menos estudar o que queriam. Coisas como dinheiro, poder e sucesso eram exclusividade masculina.

A Primeira Guerra Mundial representou uma mudança significativa nesses costumes. Segundo o The Guardian, o número de mulheres trabalhando em fábricas de munição no Reino Unido saltou de 412 mil para, aproximadamente, 1,65 milhão, entre 1914 e 1918. E, de acordo com o portal de notícias IstoÉ, nas fábricas de guerra da França, mulheres chegaram a representar um quarto da mão de obra no início de 1918.

Mulheres no front de guerra

Inclusive, algumas também estiveram no front de batalha. Atuaram como enfermeiras, motoristas de caminhões e ambulâncias, além de mecânicas e cozinheiras. Mas foi somente durante a Segunda Guerra Mundial que as mulheres puderam se alistar ao exército.

Como as coisas mudaram depois do conflito?

Quando a guerra acabou, as mulheres já representavam boa parte da mão de obra ativa dos países. Assim que o conflito chegou ao fim nos Estados Unidos, 20% dos trabalhadores da indústria manufatureira eram mulheres. 

E, no final de 1917, na França, já se calculava 20% a mais de mulheres no mercado de trabalho, em comparação ao começo da guerra. Enquanto no Reino Unido, o crescimento da mão de obra feminina foi de 50%. 

Em países como Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, as mulheres conquistaram o direito ao voto após o final da guerra. Nos EUA a luta pelo direito ganhou força e conseguiu apoio do presidente Woodrow Wilson. O governante se manifestou dizendo ser essencial que as mulheres pudessem opinar sobre o destino do país.

Fizemos das mulheres parceiras nesta guerra. Devemos admiti-las somente a uma parceria de sofrimento e sacrifício e labuta e não a uma parceria de privilégio e direito?

Ex-presidente Woodrow Wilson.

Mulheres continuam lutando

Apesar de ocuparem boa parte dos postos de trabalho, várias mulheres foram demitidas para dar lugar aos soldados que estavam retornando às suas casas. Houve um apelo muito grande para que as mulheres retornassem aos lares e voltassem a se dedicar exclusivamente aos afazeres domésticos.

Na França, o governo se viu com milhares de mortes em combate e resolveu que as mulheres tinham o papel de repovoar, a fim de recuperar as vidas que foram perdidas. Dessa forma, assinaram, em 1920, uma lei que proibia informações sobre métodos contraceptivos e aborto. 

Entretanto, apesar da repressão e postos perdidos, após o fim da Primeira Guerra Mundial, as mulheres continuaram a tomar espaços e afirmaram sua presença no mercado de trabalho. As mudanças já haviam acontecido, por isso não era mais viável dar passos para trás.

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Por Bianca Sousa – Fala! Faculdade Paulista de Comunicação

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