O mês de outubro carrega várias campanhas importantes, como a conscientização do câncer de mama, mas também traz o alerta para a Psoríase, nesta quinta-feira (29), o qual foi o dia internacional da doença.
A doença se manifesta na pele com manchas arredondadas, avermelhadas e descamativas, as quais costumam aparecer nos cotovelos, joelhos, unhas, pé e couro cabeludo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a enfermidade é considerada crônica sistêmica, não contagiosa e autoimune, a qual afeta cerca de 3% da população mundial, com cerca de 5 milhões de brasileiros.
Contudo, a doença se parece com outras manifestações como as alergias e micoses, sendo assim, de suma importância a procura de um médico dermatologista para esclarecer o quadro de saúde da pele.
Psoríase
Diante do que se sabe da doença, a psoríase é causada por questões genéticas e autoimunes, a qual não tem cura e pode ser agravada com estresse, tempo frio e infecções.
A doença também é um alerta para outras alterações no organismo, como a pressão alta e obesidade, logo é importante que “ao notar os primeiros sintomas, a recomendação é procurar um médico dermatologista para diagnóstico preciso e prescrição dos tratamentos mais adequados. É importante evitar a automedicação ou receitas caseiras com a intenção de eliminar lesões”, disse Sérgio Palma, o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
A Campanha Nacional de Psoríase promovida para o mês de outubro sobre a doença foca em orientar e esclarecer para a sociedade brasileira dúvidas em relação à doença, além de fornecer dicas para os pacientes com a hashtag #TopTipsemPsoríase.
No Brasil, a prevalência da doença é de 1,3%, variando entre 0,9 a 1,1% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 1,9% no Sul e Sudeste. Acomete qualquer faixa etária, com maior incidência entre 30 e 40 anos e 50 e 70 anos, sem distinção quanto ao gênero.
Confirmou o presidente da SBD, o Sérgio Palma.
Sintomas e tratamento
Os sintomas que envolvem a doença têm diferentes graus no que tange à variação dos tipos da psoríase. Entenda as informações sobre os sintomas e os tipos, divulgada no site da Sociedade brasileira de Dermatologia:
- Psoríase Vulgar: mais presente no couro cabeludo, joelhos e cotovelos com tamanhos variados, delimitados e avermelhados de lesões e região com escamas secas, aderentes, acinzentadas ou prateadas.
- Psoríase Invertida: é localizada em locais de dobras como o couro cabeludo, joelhos e cotovelos que apresentam lesões úmidas.
- Psoríase Gutata: se manifesta em pequenas lesões localizadas no tronco, braços e coxas, próximas dos ombros e quadril, e com o formato de gotas, associado a processos infecciosos.
- Psoríase Eritrodérmica: é presente lesões generalizadas no corpo em até 75% ou mais.
- Psoríase Ungueal: mais encontrada nas unhas das mãos como depressões puntiformes ou manchas amareladas.
- Psoríase Artropática: também conhecida como artrite psiriática, é caracterizada por causar forte dores nas articulações, além da inflamação na pele e a descamação. Tal tipo da doença se manifesta comumente nas articulações dos dedos das mãos e pés, juntas dos quadril, coluna e pode causar uma progressiva rigidez ou deformidade permanente,
- Psoríase Pustulosa: nesse tipo da doença, são encontradas lesões com pus nas mãos e pés de forma localizada ou espelhadas pelo corpo.
- Psoríase Palmo-Plantar: Lesões que aparecem como fissuras na região da palma da mão e da sola do pé.
Dessa forma, o tratamento da psoríase varia com o tipo da doença. O paciente na maior parte das vezes é tratado com medicamentos pelo fato da maioria dos casos serem leves e moderados, aproximadamente 80%. Assim, é importante o uso dos medicamentos, o controle da exposição ao sol e a hidratação da pele, além de que a Sociedade Brasileira de Dermatologia aconselha um tratamento psicológico para os pacientes em busca da melhor adaptação e reconhecimento da doença.
Tais tratamentos para a psoríase ainda são recomendados mesmo com a crise causada pela Covid-19, pois, apesar de não ser contagiosa, os profissionais da área entendem o impacto de tal doença para a vida dos pacientes e aconselham o contínuo tratamento.
Apesar de não ter cura, atualmente dispomos de medidas bastantes eficazes para o controle dessa dermatose. Lembramos de que mesmo durante a pandemia de Covid-19, os tratamentos da psoríase não devem ser adiados ou interrompidos, a não ser que o paciente desenvolva sinais de infecção.
Afirmou o Ricardo Romiti, o coordenador da Campanha Nacional de Psoríase da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
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Por Amanda Marques – Redação Fala!