O movimento LGBTQI+ tem ganhado espaço em diversos setores culturais. Na produção cinematográfica, não seria diferente. De acordo com estudos realizados em 2019, pela Aliança Gay e Lésbica contra Difamação – GLAAD, a participação de personagens LGBTQI+ nos Estados Unidos em produções cinematográficas (filmes e séries) teve recorde de representatividade.
Segundo dados da ONG, dos 118 filmes lançados, 22 incluíram personagens LGBTQI+, o que representa 18,6%. Dentro desse panorama, selecionamos 5 personagens icônicos do cinema hollywoodiano e brasileiro que se destacaram nas telinhas.
Personagens LGBT mais marcantes do cinema
Lefou (Bela e a Fera)
O ajudante atrapalhado de Gaston causou diversos debates a respeito de sua sexualidade no live-action da Disney. De acordo com a empresa, dentro do filme A Bela e a Fera traria um personagem assumido gay. Interpretado pelo ator Adam Horawitz, LeFou é o fiel escudeiro do então Gaston, interpretado por Edward Kitsis.
Steven Russell (O Golpista do Ano)
Contado a partir do ponto de vista de Steven Russell, interpretado por Jim Carrey, o filme drama/comédia se baseia em fatos reais do fugitivo, impostor, Steve Russell. O ‘golpista do ano’ trouxe o romance com o amante gay de Steve, o personagem Jimmy Kemple estrelado por Rodrigo Santoro. O filme, estreado em 2009, conta a vida do personagem que após sofrer um acidente, resolve mudar sua vida largando sua mulher, assumindo a homossexualidade e se envolvendo em vários golpes.
Alvo Dumbledore (Harry Potter)
Em uma entrevista, a criadora da saga Harry Potter, J.K Rowling, afirmou, em 2007, que o diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore, era homossexual. Segundo a autora, Dumbledore era apaixonado pelo seu rival, Gellert Grindelwald. Os dois personagens eram amigos, mas a rivalidade começou começou depois que Grindelwald começou a se interessar pela arte das trevas.
Marianne (Retrato de uma Jovem em Chamas)
Interpretada por Noémie Merlant, no filme Retrato de uma Jovem em Chamas, a personagem Marianne é uma jovem pintora contratada para fazer um retrato de Heloise, que seria presenteado a seu marido. Entretanto, Heloise se recusa a servir de modelo, então Marianne resolve ser sua serviçal e em segredo retrata em tela Heloise.
As duas, então, criam vínculo de ligação muito intenso, ao passar os dias trabalhando juntas. Reproduzido na França do século XVIII, o filme retrata a relação amorosa intensa das duas mulheres, com tom poético.
Simon (Love, Simon)
Simon Spier leva uma vida comum, porém não conseguiu assumir a sua sexualidade à família e aos amigos. Após descobrir que há uma pessoa anônima em seu colégio se assumindo homossexual, Simon começa a enviar e-mails contando a esse colega como descobriu sua sexualidade e suas dificuldades para falar a todos que é gay.
Entretanto, seus e-mails são descobertos por uma pessoa mal intencionada que o chantageia. Simon, então, precisa ajudá-lo a conseguir sair com a garota que gosta, se não terá sua homossexualidade revelada. A comédia, que retrata a vida do personagem principal, estreou em 2018, e tem os mesmos produtores de A Culpa é das Estrelas.
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Por Vitória Fagundes – Fala! UFRGS