No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de pandemia do novo coronavírus. Desde então, a principal estratégia de combate à circulação do vírus tem sido o isolamento social, adotada hoje em praticamente todos os países ao redor do mundo.
São tempos difíceis, de fato. No entanto, a crise pareceu despertar o senso de humanidade e coletividade nos brasileiros, sendo uma luz no fim do túnel em uma era de insegurança.
Boas ações em meio à pandemia
Ana Carolina, de 18 anos, mora no Rio de Janeiro com os pais e ajuda seus avós com os afazeres do cotidiano durante a quarentena. Ela e a mãe vão ao mercado, à farmácia e os ajudam a pagar as contas on-line, pois, por fazerem parte do chamado “grupo de risco”, eles estão sem poder sair de casa.
“Me sinto um tanto triste e desmotivada de fazer as coisas. (…) A gente não vai ficar de quarentena para sempre, mas é angustiante não saber quando isso vai acabar”, Ana desabafa sobre o período de isolamento social. No entanto, ressalta:
Me motiva saber que a minha ajuda pode mudar o dia ou até mesmo a semana deles (…) Tenho uma amiga que foi diagnosticada com Covid-19 e disse que estava se sentindo muito sozinha, com saudade de conversar com as pessoas. Então eu passei a mandar mensagens para ela todos os dias, perguntando como estava, contando do meu dia…para entreter ela um pouco, fazer rir e tirar do tédio.
Já Soraya Lima, jovem adulta e também carioca, trabalha como professora de dança em academias no Rio de Janeiro. Com a ordem do governo estadual de paralisação de todos os estabelecimentos considerados não essenciais para o combate ao coronavírus, Soraya se viu sem trabalho durante a quarentena, assim como milhões de brasileiros. Contudo, isso não foi razão para desmotiva-lá.
Respeitando as normas de isolamento e prevenção ao vírus, ela se junta à sua equipe de dança e grava vídeos de exercícios e aulas on-line para quem está em casa – com direito à música animada, muita alegria e, apesar das dificuldades, um sorriso no rosto. Começaram cobrando um preço simbólico – apenas para cobrir suas despesas do dia a dia – porém, muitos alunos e amigos estão colaborando com preços bem significativos.
“Muitos colaboram sem ao menos fazer as aulas que estamos oferecendo. É justamente para ajudar mesmo.”, disse Soraya. O conteúdo de sua equipe está disponível na página do Instagram (@justdancemix) e no YouTube também – para quem quiser fazer exercícios e se divertir, de maneira saudável para a mente e o corpo.
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Por Luana Reis – Fala! UFRJ