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‘Casa Grande e Senzala’: Leia a resenha crítica do clássico

Uma coisa que notei no primeiro capítulo é a força literária da escrita de Gilberto Freyre. Todos os parágrafos acabaram me envolvendo muito. Acho que isso reflete em como essa obra ganhou tanta repercussão: é uma característica comum a todas essas obras clássicas que não só tenham visões únicas da sociedade, como também escrevem muito bem.

Casa Grande e Senzala
Livro Casa Grande e Senzala. | Foto: Reprodução.

Outra coisa que não pude deixar de notar foi o esforço de Freyre em fazer uma radiografia bem detalhada e supostamente apoiada em fatos históricos para justificar a genealogia primordial do brasileiro.

Um bom exemplo são as muitas páginas que ele gasta tentando mostrar como os hábitos alimentares dos portugueses serviam para uma desnutrição quase que hereditária de todo o povo. Ou mesmo os hábitos sexuais europeus ocasionaram uma proliferação de sífilis que se estendeu por gerações.

No fim do primeiro capítulo, o autor assume as dualidades que compõem nossa sociedade. Nesse ponto, ficou mais claro, para mim, que sempre foi um objetivo dele ser dualista. Como, por exemplo, quando fala principalmente dos africanos escravizados e dos portugueses colonizadores. Eu senti muito um puxão de orelha de mãe, exemplo: só ela pode bater, sabe? Percebi pela constância que ele tem em criticar pesadamente e depois tecer elogios.

Concordo com o que meus colegas disseram a respeito da sexualidade, ela é elemento primordial na maneira como Gilberto analisa a nossa história.

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Por Gustavo Magalhães – Fala! PUC – RIO

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