Único país da Europa que não adotou as medidas de isolamento social contra a pandemia, a Bielorrússia ultrapassou a marca de 15 mil casos neste sábado (02), já foram registradas 93 mortes.
São, em média, 900 novos casos por dia no país europeu. A capital, cidade mais populosa, Mink, e Vitebsk, no norte, são os dois locais mais afetados pelo coronavírus.
O número de casos dobrou nós últimos 11 dias, com 157 infectados a cada 100 mil habitantes, três vezes mais que o Brasil – onde o presidente também afirma ser contra o isolamento social.
Pesquisas realizadas na Bielorrússia indicam que 70% da população são favoráveis a medidas severas de isolamento social. No Brasil, esse número chega a 51%, segundo o último levantamento do Instituto Datafolha.
No dia 28 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a Bielorrússia está em estado preocupante de proliferação do coronavírus, e exigiu medidas imediatas para combater a doença.
Quem é o presidente da Bielorrússia?
No poder há 26 anos, o Presidente Alexander Lukashenko é apelidado de “último ditador europeu”, o chefe de estado admite ser simpatizante do autoritarismo. Lukashenko foi membro do Partido Comunista Soviético até o desmembramento da União Soviética, em 1993.
Em 1990, foi eleito como Deputado do Conselho Supremo da República, onde presidiu para expulsar os reformistas na era Mikhail Gorbatchov, ex-Secretário Geral do Partido Comunista.
No ano de 1994, Lukashenko concorre às eleições presidenciais e saiu vencedor. Logo após se eleger, o novo presidente montou uma nova Constituição e, mesmo a contragosto da população, Lukashenko impôs a nova Constituição. Os parlamentares chegaram a elaborar um impeachment contra o presidente, pois acreditavam que a nova constituição iria legalizar uma ditadura.
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Por Leonardo Almeida – Fala! UFBA