Todo dia o sol nasce e se põe no horizonte marcando o fim do dia. Ele marca a hora desde que se levanta e se deita, dizendo para as pessoas quando fazer o mesmo e faz o galo cantar avisando a sua chegada. Essa máquina da natureza é o relógio mais velho da existência e sempre exerce o seu trabalho.
Apesar de, cotidianamente, todos os seres vivos se aproveitarem do sol para proteínas do corpo, como vitamina D, nos humanos, e a fotossíntese, nas plantas, a sua existência foi banalizada.
Quando se enxerga repetidas vezes o mesmo objeto, perde o valor e se torna sem graça, sem brilho e novidade. Logo, depois da primeira vez, as pessoas param de ver a vida com alegria e as coisas a sua volta com sentido.
Essa visão antes ampla e bela, com o passar do tempo, fica apenas uma mera parte de uma lembrança, as vezes, perdendo a importância. Entretanto, olhando em volta tão triste, o ser humano parou de ver o quanto o sol e as suas mudanças são lindos e perceber como o elemento da natureza é tão importante na sua vida.
Quando as pessoas estavam mudando todo dia, o céu fazia o mesmo movimento, mas ninguém tão apurada percebia até ficar parado e ver tudo a sua volta de outro modo. Essa pausa foi devido à quarentena da Covid-19, que fez o mundo parar e olhar além da ponta de seu nariz para as belezas mutáveis do pôr do sol.
Todo dia o sol nasce e se põe com diversos tons em degradê de vermelho, laranja, amarelo e rosa, fazendo, as vezes, alguns desenhos e linhas no céu. A cada dia, uma novidade, mudança e beleza a serem apreciadas não apenas durante o isolamento, mas sempre, independentemente onde o indivíduo estiver, terá uma janela com o sol dizendo: “até amanha”.
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Por Carina Gonçalves – Fala! Mack