Na tarde de quinta-feira, 16 de abril, Henrique Mandetta anunciou sua demissão do Ministério da Saúde via Twitter. O presidente Jair Bolsonaro indicou o oncologista Nelson Teich para assumir o cargo. Na manhã de sexta-feira, Teich tomou posse.
Nelson Teich é médico formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), se especializou em oncologia no Instituto Nacional do Câncer (Inca) e, atualmente, é sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos. Agora, é, também, o ministro da Saúde do Brasil.
Na campanha presidencial de Bolsonaro, em 2018, Teich atuou como consultor informal e foi cotado para assumir o Ministério da Saúde. Porém, Henrique Mandetta foi o escolhido pelo presidente. Ainda assim, Nelson Teich participou do governo entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, como assessor de Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
Teich defende o isolamento social horizontal e a testagem em massa. Em sua primeira aparição como ministro, disse que não haverá mudanças radicais na política adotada até agora e afirmou existir um alinhamento completo entre ele e o presidente.
Em 3 de abril, o oncologista publicou um artigo no qual comenta as políticas adotadas para o enfrentamento da pandemia. Na ocasião, considerou que o isolamento horizontal era a melhor estratégia para evitar a propagação da doença. Sobre o isolamento vertical, afirmou que tal estratégia não representaria uma solução definitiva para o problema.
O novo ministro também criticou a polarização entre a saúde e a economia. “Saúde e economia: as duas coisas não competem entre si. Quando polariza começa a tratar pessoas versus dinheiro, o bem versus mal, emprego versus pessoas doentes”, afirmou.
Teich foi apoiado pela classe médica e tem boa relação com empresários da área. Acredita-se que o novo ministro irá evitar debates politizados sobre a pandemia do coronavírus, o que contou como um argumento favorável à sua nomeação para o cargo.
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Por Giulia Lozano – Fala! Cásper