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Carnaval: conheça 7 projetos de alunos que realizam resgate cultural

As festas populares realizadas durante o Carnaval são celebrações típicas que ressaltam a importância da diversidade cultural de cada uma das regiões do Brasil. Diante da relevância social desta data, o programa Criativos da Escola, do Instituto Alana, apresenta sete projetos transformadores de estudantes do ensino fundamental e médio que promovem a valorização cultural da cidade onde vivem.

Carnaval: Projetos de alunos valorizam diversidade cultural | foto: Reprodução
Carnaval: Projetos de alunos valorizam diversidade cultural | foto: Reprodução

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O valor cultural do Carnaval

Uma dessas iniciativas foi protagonizada por um grupo de alunos da Escola de Ensino Médio Prefeito Dário Campos Feijó, de Martinópole (CE), que ao perceber uma crescente desvalorização da cultura folclórica brasileira na sua região, criou o projeto O auto do Bumba meu Boi: um resgate da memória e diversidade étnico-cultural de nosso povo que recebeu menção honrosa na 5ª edição do Desafio Criativos da Escola em 2019.

Tudo começou quando o professor propôs aos meninos e meninas a realização de um projeto com o objetivo de proporcionar a prática cultural, utilizando a empatia interpessoal com a celebração cultural do Bumba meu Boi. Os estudantes pesquisaram a temática em diversos livros, como O mulato e O povo brasileiro, de Darcy Ribeiro, e também em artigos relacionados e festivais ocorridos em Parintins, Maranhão e Ceará. Realizaram, ainda, entrevistas com praticantes da dança nas cidades de Martinópole e Granja (CE).

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Depois da pesquisa, os alunos perceberam a importância da arte para a cidade em que vivem. Eles montaram um material teórico sobre a cultura do Bumba meu Boi e também uma peça sobre o tema, que foi apresentada para a população do município, escolas e vereadores na Câmara Municipal de Martinópole. Para os autores do projeto, o principal legado dessa experiência foi a possibilidade de espalhar a cultura cearense onde moram.

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Além dessa iniciativa, o programa lista mais seis casos protagonizados por crianças e jovens que abordam a valorização da cultura e que também foram destaque nas premiações do Desafio Criativos da Escola:

Coletivo Erês – Mensageiras dos Ventos 

Coletivo foi criado por um professor e alunos de Belo Horizonte (MG) para discutir e pesquisar questões relacionadas à raça e gênero por meio de performances e as diversas correntes artísticas. O grupo é, majoritariamente, negro e da periferia. E, a partir dos encontros, são fortalecidos o autoconhecimento, a identidade, a auto-valorização, a identificação com a arte, com a cultura e também entre os integrantes do coletivo.

A Escola e o Forró

É na cultura que se aprende: alunos do Colégio Estadual Luiz Navarro de Brito Jequié, do município de Jequié (BA), promovem resgate da cultura por meio do forró de Julião, um forró local que acontecia antigamente e fez parte da história da comunidade.

Os estudantes entendem que o “forró é o espelho mais presente daquilo que se entende por cultura nordestina”. Fizeram entrevistas com moradores para compreender o impacto que, durante anos, o estilo de dança gerou na localidade. Após a pesquisa, decidiram reproduzir na escola o forró do Julião.

Resgate e Valorização do nosso patrimônio cultural

O vaqueiro, herói do sertão: alunos do Centro Educacional Estadual Antônio Honorato, do município de Casa Nova (BA), decidiram pesquisar sobre a cultura envolvendo os vaqueiros da região, que eram denominados como “heróis do sertão”.

Visitaram diversas festas: vaquejadas, pega de boi, cavalgada, missa do vaqueiro, dentre outras. Nestas oportunidades, conversaram com diversos vaqueiros para entender melhor sobre essa identidade e patrimônio cultural na região.

Consciência, cor e arte

As práticas racistas, a negação da identidade e o desconhecimento das origens negras mobilizaram jovens das Associações Quilombolas Livramento e Águas Claras, em Triunfo (PE), a atuar sobre essa realidade.

Os estudantes produziram um documentário sobre a cultura local e disseminaram o aprendizado da dança de coco. O projeto fortaleceu os estudantes que passaram a se orgulhar de sua cor e identidade, além de se tornarem multiplicadores da história e da cultura negra.

Revolução Urbana de Arte (RUA): 

Meninas e meninos da comunidade de Santa Margarida, zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), têm utilizado a arte para ressignificar espaços e também suas vidas. O coletivo foi criado em dezembro de 2013 e realiza atividades culturais na periferia do Rio de Janeiro como festivais, workshops e apresentações.

Grupo de Dança Quilombo dos Anjos 

Para valorizar a cultura quilombola, estudantes do Colégio Estadual Antônio Batista da comunidade, em Candiba (BA), criaram grupo de dança de ritmos africanos. Eles utilizam os ritmos afro-brasileiros para que as crianças comecem a se interessar e conhecer mais a sua cultura. A Comunidade Quilombola Lagoa dos Anjos é um importante território de resistência e preservação da cultura afro-brasileira.

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