Por Bianca Dias – Fala!Anhembi
A infância perdida, o sucesso mundial, polêmicas e seu eterno manto de rei do pop – assim era conhecido um dos maiores cantores dos últimos tempos, Michael Jackson. O cantor que produziu um dos álbuns mais vendidos da indústria musical, Thriller (1982), hoje completaria 60 anos de idade.
Apesar de todas as suas conquistas na indústria musical e sucessos ao longo da carreira, Michael Jackson utilizava sua plataforma para diversas causas, entre elas trazendo em suas músicas luz para assuntos que precisavam ser discutidos e vistos. O olhar filantropo de Jackson trouxe uma abrangência e diversidade temática que muitos artistas deixaram de ressaltar, como o racismo em Black and White, a apatia em They Don’t Really Care About Us e meio ambiente em Earth Song. O astro do pop também era muito reconhecido por trazer em evidência a valorização das futuras gerações, com músicas como We Are The World. Suas letras, apesar de serem antigas, perpetuam com a mesma intensidade e relevância nos dias atuais. A empatia e a visão humanista cujo qual o cantor possuía é algo tão único quanto à luva brilhante que ele utilizava em suas performances.
https://www.youtube.com/watch?v=cYhtEtcY4jQ
A singularidade de Michael não o colocou em um pedestal, mas sim como um símbolo mundial. Desde criança ele já se destacava, junto aos irmãos, nos grupos Jackson 5 e The Jacksons, onde seus passos de dança individuais ganhavam destaque.
https://www.youtube.com/watch?v=SA3-mVGc8wA
O menino-homem conseguiu trazer à sua carreira a era do videoclipe com uma narrativa e efeitos especiais que no final das contas acabou o colocando no auge do sucesso mundial. Jackson também quebrou a barreira racial na indústria, pois foi um dos primeiros cantores afro-americano a ter um clipe, Billie Jean, sendo transmitido pela MTV.
A frágil vida psicossocial de Michael Jackson, sempre exposta pela mídia sensacionalista, contribuiu para diversas controvérsias e polêmicas envolvendo sua infância, relacionamentos e paternidade, mas mesmo diante de todas as acusações, muitas delas fake news, o astro ainda sim sabia que a música era o melhor jeito de se expressar, com hits como Leave Me Alone o cantor sempre deixava claro o quanto não gostava do jeito que a mídia tratava sua imagem.
Já se passaram 9 anos após sua morte, apesar disso seu legado continua invicto e suas características mantêm-se marcantes, pois por onde um moonwalk seja feito, uma luva branca na mão seja usada e um chapéu preto esteja presente, a alusão ao rei do pop prevalece e continua a mesma desde sua apresentação icônica, em 1983, de Billie Jean no especial TV Motown 25: Yesterday, Today, Forever até a música Don’t Matter To Me do rapper Drake com vocais do ídolo pop.
Na última quarta-feira, 29, a família do rei do pop se reuniu em um evento em Las Vegas, o Michael Jackson The Diamond Celebration, para comemorar o aniversário do cantor e para seus filhos receberem como título póstumo o prêmio Elizabeth Taylor Legacy 2018. O evento também incluiu a apresentação do Cirque du Soleil com o espetáculo “Michael Jackson ONE”. Ontem ainda foi lançado pela gravadora Sony Music um megamix assinado por Mark Ronson como forma de homenagear Michael e seus 60 anos.
Michael Joseph Jackson iniciou sua carreira junto aos seus irmãos com o grupo Jackson 5 em uma das gravadoras mais visadas da época, a Motown. Em 1978, Michael já seguia carreira solo e começou a gravar o álbum Off The Wall que trouxe hits como “Don’t Stop ´Til You Get Enough”. Na época de 1982 o rei do pop finalizou o álbum Thriller que até hoje é um dos mais vendidos no mundo, totalizando 110 milhões de cópias e carregando um compilado de músicas, como “Billie Jean” e “Beat It”, que continuam trazendo sua vivacidade até os dias atuais. Sua discografia possui grande magnitude seguindo a ordem: Off The Wall (1979), Thriller (1982), Bad (1987) e Dangerous (1991).