A pandemia do novo coronavírus atingiu todos os setores da sociedade. Nisso, muitos destaques em diversas áreas foram contaminados e alguns deles mortos pela doença. O setor cultural conta com perdas significativas, como verá a seguir na matéria.
Famosos que morreram vítimas de coronavírus
Sergio Rossi
O estilista italiano de sapatos de luxo faleceu no início do mês, aos 84 anos, na cidade de Cesena (ITA), vítima do novo coronavírus. Idoso, o designer fazia parte do grupo de risco e ainda habitava na Itália, país europeu com maior número de mortes até o momento. Sua morte foi anunciada por Luciana Garbuglia, prefeita de San Mauro Pascoli, cidade onde Sergio Rossi fundou sua marca homônima, em 1968.
Famosa pelos sapatos luxuosos que eram usados por celebridades, a marca também colaborou com as grifes Versace, Dolce & Gabbana e Azzedine Alaïa. Em 1999, sua marca foi comprada por um grupo de luxo francês, Kering, que também detém a famosa Gucci. Quando o estilista já estava aposentado, em 2015, o grupo repassou a empresa para a Investindustrial, fundo de capital privado italiano.
Na página do Instagram de Sergio Rossi, o atual CEO da marca, Riccardo Sciutto deixou uma carta de despedida agradecendo ao fundador da luxuosa, Sergio Rossi.
Andrew Jack
Aos 76 anos, o ator faleceu, na Inglaterra, em 31/03/2020, após testar positivo para o Covid-19. Andrew Jack interpretou Caluan Ematt em Star Wars: O despertar da força e Star Wars: Os últimos Jedi. Ainda, o britânico trabalhou como dublador de cinema e TV, além de consultor de voz e sotaques para famosas produções por exemplo em Vingadores: Ultimato.
Segundo a agente de Jack, Jill McCollough, o ator estava treinando o principal personagem para a grande produção que será lançada em 2021, O Batman. Após a divulgação de sua morte, muitos artistas que o acompanharam compartilharam mensagens de homenagem. A esposa de Andrew Jack não pôde vê-lo nos momentos antecedentes de sua morte, pois estava em quarentena na Austrália.
Daniel Azulay
No Rio de Janeiro, morreu o artista Daniel Azulay, aos 72 anos. O cartunista lutava contra leucemia e foi vítima do novo coronavírus. O também desenhista marcou a infância da geração de 1970 com a criação dos quadrinhos (publicados pela Editora Abril) e programa de TV da Turma do lambe-lambe, de 1975, exibido na TV Educativa e Rede Bandeirantes e, posteriormente, no canal fechado TV Rá-Tim-Bum.
Daniel Azulay era autodidata, por isso, há diversas atribuições ao que se diz a sua profissão. Ele dedicou grande parte da sua carreira desenvolvendo artes para ajudar na educação de crianças e jovens. Durante sua carreira mostrou suas habilidades, mostrando-se como pintor, músico, escritor, ilustrador e apresentador.
Na exposição virtual, Daniel Azulay é coisa nossa, que contou com mais de 60 artistas, incluindo Mauricio de Sousa, Azulay foi homenageado com diversos cartuns.
Patricia Bosworth
A atriz e escritora Patricia Bosworth faleceu, aos 86 anos, devido a uma pneumonia gerada pelo Covid-19. Como escritora, colaborou para o The New York Times e Vanity Fair, além de ter escrito biografias de estrelas como Jane Fonda. Ainda, foi premiada com o Front Page Award. Iniciando a carreira como atriz, foi aluna de Lee Strasberg, no Actors Studio, junto com Marilyn Monroe.
Em frente às câmeras, ficou mais conhecida atuando no bem premiado filme A História de uma Freira (1959), interpretando Sister Simone ao lado de Audrey Hepburn, que fazia Sister Luke. Nos alguns de seus livros, Bosworth contava experiências de sua própria vida como acontece em The Men in My Life: A Memoir of Love and Art in 1950s Manhattan (2017) e Anything Your Little Heart Desires: An American Family Story (1997).
Em memória à Patricia Bosworth, a revista Vanity Fair, na qual ela trabalhou por um tempo, publicou homenagem à profissional. Além disso, a Vogue e o The New York Times também prestaram as condolências.
Vittorio Gregotti
Aos 92 anos, faleceu vítima de uma pneumonia causada pelo novo coronavírus. O arquiteto italiano estava internado em Milão (ITA) juntamente com sua esposa.
Vittorio Gregotti formou-se em Arquitetura no Politécnico de Milão. Trabalhou como editor e colaborador da revista Casabella, responsável por assuntos de arquitetura. O arquiteto projetou o estádio para os Jogos Olímpicos de Barcelona, ocorrido em 1992, e o estádio Marassi da Copa do Mundo de 1990 – este localiza-se em Gênova. Ainda foi responsável pelo teatro de ópera degli Arcimboldi, em Milão.
O italiano era grande questionador do papel da arquitetura. Deu aula e diversas palestras em importantes universidades, além de participar ativamente de exposições na Itália. Ademais, foi diretor da bienal de Veneza. A maioria de seus projetos consiste em lugares para fins esportivos e culturais.
Muito influente na Itália e no assunto arquitetura, Gregotti foi homenageado por seu colega de profissão, Stefano Boeri, este caracterizou o amigo como “um mestre da arquitetura internacional”.
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Por Victória Romanelli Amorim – Fala! Cásper
