Dinossauros fascinam o imaginário de muita gente. Talvez por serem o mais próximo de “monstros” que existiram na vida real. E o mistério gerado em torno deles continua mexendo com crianças e adultos. Como viviam? Como se alimentavam? Como cuidavam de seus bebês? Será que eram inteligentes? Sempre teremos essa curiosidade.
A sétima arte, ao longo dos anos, tem nos dado um leque de possibilidades de se imaginar como seriam tais criaturas. Apesar de nem sempre terem um embasamento científico preciso, alguns filmes conseguem nos tocar de alguma forma. E inspiram pessoas a correr atrás de mais conhecimento sobre esses animais.
Por isso, aqui estão 5 filmes que mostram o melhor dessas grandes criaturas, os dinossauros.
5 filmes sobre dinossauros para conhecer melhor essas criaturas
5. BABY: O SEGREDO DA LENDA PERDIDA (1985)
Um casal, em uma expedição na África Central, investiga uma antiga lenda de uma fera conhecida como Mokele-mbembe. Então descobrem uma família de Apatossauros vivendo no meio da região. Agora eles precisam correr contra o tempo para proteger essas raras criaturas, e sua prole, de um cientista ganancioso a fim de explorá-las para conseguir fama e glória.
Quem não ficaria sem fôlego ao descobrir dinossauros vivos nos dias de hoje? Seria a descoberta do século. E o que seria desses animais se isso acontecesse? Esse filme se apega a esse sentimento. E possui uma trama fofa, onde o casal Susan (Sean Young) e George Lommis (William Katt) precisam manter a integridade do bebê Apatossauro.
É um filme clichê, típico de Sessão da Tarde (aliás, é dali que lembrei dele). Mas possui uma história divertida e emocionante. E foi um dos últimos filmes de dinossauros a usar apenas efeitos práticos. O que foi um desafio para o diretor Bill L. Norton. Como fazer com que criaturas que desapareceram a mais de 100 milhões de anos não parecessem falsas? Surpreendentemente ele conseguiu, os dinossauros do filme são realmente críveis, principalmente para a época. Tirando alguns momentos onde se percebe a pele de borracha e os olhos não tão naturais. Mas é interessante assistir.
Melhor frase: “Ele está brincando! Dinossauros não brincam”
4. EM BUSCA DO VALE ENCANTADO (1988)
Littlefoot é um jovem Apatossauro, que após perder a sua mãe, precisa trabalhar junto com seus amigos para chegar vivos até o “Vale Encantado”, uma terra de paz e abundância.
O filme é dirigido por Don Bluth, que trabalhou em Todos os Cães Merecem o Céu (1989) e Anastasia (1997). Foi produzido por George Lucas e Steven Spielberg (dispensam apresentações). E é surpreendente do início ao fim por ser incrivelmente bem feito.
Após um grande terremoto que separou os filhotes de suas famílias, os cinco dinossauros enfrentam uma jornada árdua e frustrante. Com uma mensagem de coragem, amadurecimento, esperança, e o que mais me chamou a atenção, união. Em vista que desde pequenos, os dinossauros são ensinados a não se misturar com outras espécies, por serem diferentes, com a desculpa de “É assim que as coisas são”.
Fica claro a proposta antirracista do longa. Littlefoot e seus companheiros não entendem por que não podem brincar com outros dinossauros só porque são diferentes. E todos precisam trabalhar juntos para chegar vivos até o vale.
Um filme lindo e tocante, com uma lição bastante atual que encanta crianças e adultos.
Melhor frase: “Algumas coisas se vêem com os olhos, outras com o coração”
3. KING KONG (1933)
Um cinegrafista fracassado e sua equipe se aventuram na misteriosa “Ilha da Caveira”. A fim de produzir um filme de sucesso. Até que sua atriz principal é capturada pelos nativos e sacrificada para um gorila de oito metros conhecido como Kong.
Para ser sincero, gosto mais do remake de 2005 dirigido pelo mestre Peter Jackson. E o único motivo dele não estar nessa lista, é porque as criaturas apresentadas naquele filme não são dinossauros, e sim descendentes adaptados às condições daquele ambiente hostil. Mas é inquestionável a importância que o filme original teve para o cinema.
O filme é dirigido por Merian C. Cooper, e foi inspirado por um sonho que o cineasta teve, com um macaco enorme subindo no Empire State Building.
O trabalho de animar o gorila gigante e os dinossauros foi encarregado ao gênio Willis O’Brien. Que ficou conhecido após fazer o mesmo em O Mundo Perdido (1925).
Por mais que seus efeitos inevitavelmente tenham ficado datados atualmente. Foi uma verdadeira revolução para a indústria cinematográfica. Com cada movimento dos animais sendo pensado nos mínimos detalhes. Sem falar na fidelidade que o design das criaturas pré-históricas tinha para a época.
Há muita coisa para se falar de King Kong, mas o que mais fica evidente é sua tentativa de mostrar como os seres humanos são pequenos se comparados às forças da natureza.
É uma história tensa, com mortes e brigas colossais. Ainda vale a pena assistir nos dias de hoje.
Melhor frase: “O mundo inteiro pagará para ver isso”
2. JURASSIC PARK – PARQUE DOS DINOSSAUROS (1993)
É simplesmente impossível falar da história do cinema sem esbarrar em Jurassic Park. Na trama, o bilionário John Hammond (Richard Attenborough) consegue trazer dinossauros de volta à vida através da engenharia genética, e usa eles para construir um parque temático. Devido a um acidente fatal, ele convida o paleontólogo Dr. Alan Grant (Sam Neill) e a paleobotânica Dra. Ellie Sattler (Laura Dern) para fazer uma visita e provar para os investidores que as atrações do parque são seguras. Entretanto, tudo dá errado quando uma falha no sistema torna o fim de semana tranquilo numa luta pela sobrevivência em meio aos dinossauros à solta.
Jurassic Park é revolucionário. Dirigido pelo grande Steven Spielberg e escrito em parceria com o mesmo autor do livro no qual é baseado. Inspirou muitas crianças aspirantes a paleontólogos a seguir carreira na área.
Entrou para a história por causa de seus efeitos. Até então, o que tínhamos visto nas telonas era sempre uma figura em Stop motion, um desenho, ou um boneco de caracterização duvidosa. Mas pela primeira vez, podíamos ver essas criaturas magníficas como algo mais realista. Mesclando bonecos animatrônicos com computação gráfica. Quase três décadas depois, os animais no filme continuam convincentes. Inclusive a atuação de Sam Neill, quando temos o primeiro vislumbre de um Braquiossauro, representa bem o público ao assistir ao filme pela primeira vez.
Mas não se engane, esse filme não é só efeitos, tudo consegue ser grandioso. Desde o roteiro, arte, fotografia, atuações e trilha sonora, composta por John Williams.
Steven Spielberg conseguiu trazer aquele encantamento que temos ao imaginar essas criaturas magníficas, e transpôs isso na tela de uma maneira espetacular. Esse filme é incrível.
Melhor frase: “A vida encontra um meio”
1. DINOSSAURO (2000)
Um jovem Iguanodonte criado por lêmures vê seu mundo ser devastado por um grande meteoro. Agora, ele precisa se juntar a outros membros de sua espécie para encontrar um novo lar. Enfrentando um imenso deserto e predadores como os terríveis Carnotaurus.
O que falar de um filme tão gostoso de se assistir quanto Dinossauro? Aladar é um exemplo de caráter. Por ser criado por lêmures, ele cresceu com um senso de trabalho em equipe, muito diferente de Kron, o líder do bando, que acredita na sobrevivência do mais forte. É um conflito bastante interessante de se assistir. O combate entre o individualismo e a compaixão.
Dirigido por Ralph Zondag, o longa além de possuir uma história com referências a Tarzan e Moisés. O filme é visualmente bem rico. Mesclando imagens de locações reais na Califórnia, Flórida, Austrália, Havaí e Venezuela com computação gráfica. Fora a aparência dos personagens, com uma textura de escamas, pele e pelos que beira a perfeição.
A dublagem brasileira ainda conta com o trabalho excelente dos atores Fábio Assunção, Nair Bello e Hebe Camargo. Impossíveis de se esquecer.
O problema é que esse filme foi feito durante a fase experimental da Disney, o que o tornou facilmente esquecível, apesar do grande sucesso. O que é uma pena, pois é um dos poucos filmes que acho que merecia uma continuação.
Vale a pena conferir mais uma vez Dinossauro. Só podemos esperar que, de alguma forma pequena, a passagem desse filme seja lembrada.
Melhor frase: “Eu vou continuar acreditando nisso. E além do mais, não estou nem um pouco afim de morrer aqui!”
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Por Matheus Cosmo – Fala! Fiam
