É fato que as produções cinematográficas do terror, na última década, vêm se reformulando. Deixando de lado aquela intenção de te fazer pular do sofá ou da cadeira do cinema, os longas mais recentes te deixam com aquela pulga – ou tensão – atrás da orelha até a hora de dormir.
Mas já parou para pensar o que os trouxe até aqui? Ou seja, qual o caminho do gênero até que ele tomasse essa forma atualmente? Pensando nisso, quais os primeiros filmes de terror que vêm à mente quando se fala em clássicos?
Em tempos de quarentena, para os fãs do terror, essa pode ser uma das melhores formas para se “atualizar” e conhecer as produções que inspiram o gênero até hoje.
Filmes clássicos de terror para assistir na quarentena
O Exorcista (1973)
Como falar em terror e não lembrar da garotinha que vira a cabeça em 180º e vomita verde? Certamente a jovem Regan MacNeil (Linda Blair) traumatizou e ainda vai traumatizar muita gente.
A trama conta sobre a mãe dessa criança, então com 12 anos, chamada Chris MacNeil (Ellen Burstyn), que percebe um comportamento assustador na filha.
Assim, Chris clama por uma intervenção religiosa, chamando o Padre Merrin (Max von Sydow) e o Padre Damien Karras (Jason Miller). Vale lembrar que, mesmo com mais de 40 anos de estreia, O Exorcista ainda mantém seu posto de um dos mais clássicos do terror.
Psicose (1960)
Treze anos antes, Alfred Hitchcock já se consagrava como o rei do terror com uma das trilhas sonoras mais reconhecidas não só do gênero como da indústria cinematográfica. Era lançado, em novembro de 1960, o filme Psicose.
O filme conta a história de Marion Crane (Janet Leigh) após roubar 40 mil dólares de um banco para se casar com o namorado. No entanto, após um forte temporal, ela é obrigada a se hospedar em um hotel de estrada. Lá, ela é recebida por Norman Bates (Anthony Perkins), e percebe que as coisas estão indo pior do que se espera pós-assalto.
Psicose foi gravado propositalmente em preto e branco, escolha do próprio diretor para causar tensão no público. A cena mais famosa é a do assassinato no chuveiro que, atrelada à trilha sonora, marcou gerações.
O filme, inclusive, foi inspirado em personagens reais. O caso de Ed Gain aconteceu por volta dos anos 50 e se tornou um dos casos mais famosos de serial killer de mulheres. O assassino e o longa que estreou Norman Bates também inspirou a série Bates Motel – que traz Freddie Highmore no elenco.
A Noite dos Mortos Vivos (1968)
Em terra de The Walking Dead, A Noite dos Mortos-Vivos é rei. O original de 1968 – mais de 50 anos – foi o pioneiro quando se trata de zumbis. Estreando no Halloween dos Estados Unidos, o longa em preto e branco conta a trajetória de sete pessoas tentando fugir dos, até então desconhecidos, mortos vivos no interior da Pensilvânia, nos Estados Unidos. E, para o azar deles, o grupo se encontra próximo de nada menos do que um cemitério.
Protagonizado por Ben (Duane Jones) e Barbra (Judith O’Dea), a ‘antiguidade’ do filme não deixa a desejar no quesito tensão. Produzido de forma independente e dirigido por George Romero, A Noite dos Mortos Vivos não é considerado o primeiro filme de zumbis, mas o primeiro que traz o tão temido apocalipse zumbi – atualmente considerado um subgênero do terror.
Tubarão (1975)
Já nos anos 70, Steven Spielberg fazia o seu nome com o icônico Tubarão, que ressoa no imaginário de muita gente até hoje. Afinal, quem não fica com aquele receio dentro do mar com medo do desconhecido?
Pois bem, o grande bicho protagoniza ataques na cidade de Amity, na Nova Inglaterra, e assusta a pequena população do local. Quem fica responsável pra detê-lo é o xerife da cidade, Martin Brody (Roy Scheider), que trava uma batalha quase que pessoal com o tubarão.
Com a trilha sonora digna – e merecida – de Oscar, Tubarão parece que foi feito dia desses pelos efeitos especiais e produção do longa no geral.
O Iluminado (1980)
Uma das grandes produções de Stanley Kubrick, O Iluminado acumula fãs ao redor do mundo inteiro – com exceção do criador da história, Stephen King, que escreveu o livro homônimo.
O terror psicológico dos anos 80 traz Jack Nicholson como Jack Torrance no papel principal. Acompanhado da esposa Wendy (Shelley Duvall) e do filho Danny (Danny Lloyd), a família segue para um hotel isolado no Colorado.
Presos por uma forte nevasca, o pai de família começa a ser atormentado por figuras fantasmagóricas e premonições – chegando à beira da loucura.
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Por Samantha Oliveira – Fala! UFPE