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5 curiosidades sobre a nova fase cinematográfica da DC

Depois da tentativa não tão assertiva de formar seu próprio universo compartilhado nos cinemas, a DC Comics tenta reformular suas bases e busca ter de volta a atenção do grande público, apresentando novidades e propostas diferentes das seguidas nos últimos anos. 

Pra você não ficar para trás, confira 5 curiosidades que estão ditando os rumos dos novos filmes da Distinta Concorrência.

5 curiosidades sobre o futuro da DC nos cinemas

​1. Possíveis Mudanças?

The Flash estreia em 2022 e pode trazer mudanças drásticas ao universo DC nos cinemas.
The Flash estreia em 2022 e pode trazer mudanças drásticas ao universo DC nos cinemas. | Foto: Reprodução.

No final do ano que vem veremos, finalmente, o aguardado filme do Flash, dirigido por Andy Muschietti, o mesmo diretor de It: A Coisa parte 1 e 2. Ainda não sabemos tanto sobre a história do filme, porém, tudo leva a crer que o multiverso será parte central da trama já que Michael Keaton, intérprete do Batman nos filmes de Tim Burton na década de 80, irá retornar ao papel, além do próprio Ben Affleck, que também marca presença no filme como o cavaleiro das trevas. 

Acontece que muitas vezes a DC Comics nos quadrinhos utilizou de histórias envolvendo seu multiverso para realizar os famosos “Reboots”, quando o universo em que as histórias se passam é reiniciado e os eventos até então são de certa forma desconsiderados (ou quase isso), como aconteceu em Crise nas Infinitas Terras, de 1986, ou o mais recente Ponto de Ignição, lançado em 2011.

Se os rumores sobre a produção estiverem corretos, o que possivelmente pode acontecer seria um “Soft Reboot”, um termo utilizado na cultura pop para quando os estúdios, editoras e afins realizam um reboot em partes, em que apenas alguns elementos são recontados ou removidos da linha cronológica em que a história se passa. Por mais que muitas pistas indiquem isso, não devemos esquecer que tudo não passa de rumores e nada está confirmado acerca do assunto.

2. Mais diversidade na DC

Descendente de Colombianos, a atriz Sasha Calle chorou ao saber que foi escolhida como Supergirl.
Descendente de Colombianos, a atriz Sasha Calle chorou ao saber que foi escolhida como Supergirl. | Foto: Reprodução.

Pauta importante nos últimos tempos, a diversidade em Hollywood tem ganhado cada vez mais espaço e se mostrando um fator crucial para novas produções e ter super heróis como foco principal não pode ser uma desculpa para se afastar de discussões importantes, como Pantera Negra mostrou à indústria em 2018. 

Sendo assim, a DC não poderia ficar para trás, principalmente levando em consideração que a editora sempre foi preocupada com debates importantes não só nos quadrinhos, mas em várias outras mídias – Super Choque não é um clássico da hora do almoço só por causa das cenas de ação, os roteiros provavelmente são melhores do que você se lembra e trabalham assuntos bem delicados de forma acessível. 

Exemplos da crescente diversidade nos filmes recentes da DC podem ser vistos nos anúncios de atores como Sasha Calle, de descendência colombiana, que interpretará a Supergirl no próximo filme do Flash. Não só isso, outras novidades vem por aí, como o já confirmado filme solo da Batgirl, interpretada por Leslie Grace, e uma suposta série do Superman estrelada por Michael B.Jordan, que deve ser anunciada oficialmente no DC Fandome, em outubro.

3. Menos compromisso com a cronologia 

Enquanto a concorrente Marvel forma um universo compartilhado crescente, com mais de 20 filmes conectados entre si, essa parece não ser a pegada ideal para a DC, pelo menos não por enquanto. Após o resultado não ser o esperado com filmes como O Homem de Aço e Batman vs Superman, lançados em 2013 e 2016 respectivamente, e com forte conexão entre si, a Warner decidiu seguir um rumo um pouco diferente para seu universo. 

Lançando filmes isolados e que funcionam bem sozinhos, mas sem negar a existência de uma conexão entre os filmes, como fez Shazam!, lançado em 2019. A DC busca diminuir o compromisso entre seus filmes, sem uma cronologia que prenda as ideias propostas de forma que o público possa assistir às produções de maneira isolada, tudo isso sem tirar espaço para que haja crossovers entre os personagens. 

4. Filmes com propostas próprias 

Após 4 indicações, Joaquin Phoenix ganhou seu primeiro Oscar por interpretar Arthur Flack em Coringa (2019).
Após 4 indicações, Joaquin Phoenix ganhou seu primeiro Oscar por interpretar Arthur Flack em Coringa (2019). | Foto: Reprodução.

Ainda relacionado na conexão entre o universo, a DC abriu espaço para filmes que são oficialmente isolados de todo o resto, histórias únicas que se permitem ser contadas de maneira mais livre, conforme a visão pensada pelos idealizadores. Um exemplo dessa linha mais “diferente” que o estúdio vem fazendo é o filme recente do Coringa, que apresenta uma história própria para o personagem, tendo sido um sucesso de público e crítica. 

Já para o futuro, um filme que também se aplica a esse selo único é The Batman, estrelado pelo astro Robert Pattinson, escolha polêmica para o papel de Bruce Wayne, a produção dirigida por Matt Reeves busca apresentar ao público uma visão diferente do homem morcego, indo a fundo na complexidade psicológica de Bruce Wayne. The Batman estreia nos cinemas brasileiros no dia 3 de Março de 2022. Confira, a seguir, o trailer:

5. Mais cor, menos realismo

"Homem Bolinha", vilão antigo (e ridículo) do Batman ganha destaque no novo Esquadrão Suicida da DC.
“Homem Bolinha”, vilão antigo (e ridículo) do Batman ganha destaque no novo Esquadrão Suicida. | Foto: Reprodução.

Depois da excelente trilogia de filmes solo do Batman dirigida por Christopher Nolan, que propunha uma pegada mais realista aos heróis e dos mais recentes filmes dirigidos por Zack Snyder, que tentavam dar aos personagens de alto escalão um tom mais sério e sombrio, como Batman vs Superman, a DC ganhou certa fama que contrapunha os filmes da concorrente Marvel, com filmes mais leves e cheios de humor. 

Entretanto, a Warner parece ter se cansado da ideia, dando espaço a filmes que abraçam o lado mais brega dos super heróis, com mais cor e sem ter tanto compromisso com uma visão dos super heróis no mundo real. Ainda assim, isso não significa que filmes mais adultos irão deixar de ter espaço, como foi com O Esquadrão Suicida de James Gunn, repleto de violência e palavrões, o filme teve classificação indicativa máxima nos Estados Unidos.

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Por Matheus Barbezani Parente – Fala! FAPCOM

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