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Veja 5 lições aprendidas em ‘O Vendedor de Sonhos’

A obra do escritor Augusto Cury é um romance de autoajuda que aborda inúmeras questões sociais. Entre a pobreza e desigualdade também discute temas como o ambiente do mercado empresarial e sociedade capitalista, a relação entre pais e filhos e o tema do suicídio. Lançado em 2008, o best-seller já foi traduzido para mais de 60 idiomas, incluindo o alemão.

Em 2016, nas mãos do diretor Jayme Monjardim, a obra foi adaptada para um longa-metragem. De fotografia impressionante e seguindo as ideias do autor, o filme fez sucesso e recentemente, foi incluído no catálogo da Netflix.

lições de O Vendedor de Sonhos (2016)
O Vendedor de Sonhos, disponível na Netflix. | Foto: Reprodução.

Na trama, Júlio César – vivido por Dan Stulbach – é um psicólogo frustrado e, certo dia, decide tentar o suicídio. Porém, tudo muda quando surge um sujeito disposto a fazê-lo desistir da ideia. O “Mestre”, na pele de César Troncoso, é sábio e possui uma visão diferente da vida e, ao longo da história de Augusto Cury, apresenta novos caminhos para diversas pessoas, inclusive, para si mesmo.

Assim, são diversos ensinamentos que podem ser extraídos da história e das situações abordadas. Confira alguns a seguir:

O Vendedor de Sonhos: 5 lições aprendidas

1. “O segredo do sucesso é conquistar aquilo que o dinheiro não pode comprar”

O chamado “Mestre” tem segredos que são, aos poucos, revelados ao longo da trama. Em certo momento, ele tenta conscientizar grandes empresários sobre o que é o sucesso e o que faz eles serem caracterizados como sujeitos de sucesso.

Mas surpreende a todos ao dizer que “o segredo do sucesso é conquistar aquilo que o dinheiro não pode comprar”, explicando que não se pode conquistar tudo apenas com o dinheiro e que o sucesso varia para cada sujeito.

2. “Eu respeito a sua dor. Ela é só sua, é a única coisa que você consegue realmente sentir agora”

A fala do próprio vendedor remete ao equívoco de julgar a dor alheia, ou seja, achar que entendemos mais da dor do outro do que elas mesmas. Cada sujeito é resultado de situações, sentimentos e emoções e, por isso, somente ele mesmo pode entender o que sente da melhor maneira.

Desse modo, também aborda a crença equivocada de que algumas dores e sentimentos não devem ser compartilhados, talvez por medo da reação.

O Vendedor de Sonhos (2016)
O Vendedor de Sonhos (2016). | Foto: Reprodução IMDb.

3. “O primeiro a ser beneficiado pelo perdão é aquele que perdoa, não o perdoado”

Em certo momento da trama, o “Chefinho” – como é chamado por um amigo – conversa com uma senhora para livrar a atitude de um garoto e disserta sobre o perdão, uma questão que envolve questões complexas.

A lição aqui é que esse sentimento não precisa ser guardado por tanto tempo, não há benefício nenhum. Assim, é necessário que sempre ocorra uma reflexão acerca da situação, ver a partir de outra perspectiva e buscar o entendimento e superação, respeitando o seu próprio tempo.

 4. “Na realidade, todos somos traidores”

Ao refletir sobre a própria vida, o Vendedor de Sonhos diz essa frase e nos faz refletir acerca de nossas vidas e sobre que temos feito por nós mesmos. Para ele, traímos constantemente nossos sonhos, dias livres e, principalmente, “traímos o tempo que jogamos fora, quando deveríamos estar do lado de quem amamos”.

Percebemos que, na modernidade, esse tempo tornou-se escasso e o pouco tempo que sobra, nem sempre é aproveitado como deveria ser. Por isso, a obra nos ensina que todo momento é único e especial, sendo importante não desperdiçar com o que não é essencial e que sempre é possível recomeçar. 

 5. “Ele acaba matando todos aqueles que ficam vivos”

O suicídio é um tema delicado e tratado logo no início da produção. Para salvar Júlio César, o ‘Mestre” tenta conscientizá-lo – com muita calma e até descontração – sobre a atitude e mostrar que ainda há solução. Entre diversas sentenças ele questiona o psicólogo, o confronta sobre suas ideias e diz que todos aquele que ficam vivos sentem a perda.

A partir deste ponto que o nome “Vendedor de Sonhos” adquire um significado importante: ele diz que vende diversas coisas para quem necessita e que vende vírgulas para que as histórias possam ter continuidade, mesmo diante de inúmeras dificuldades. É necessário reforçar que há sempre a necessidade de procurar ajuda de amigos, família e profissional para problemas dessa ordem. 

Decerto, a obra não esconde seu caráter de autoajuda e possui diferentes ensinamentos sobre a vida e sobre a sociedade por completo. Diante do atual contexto em que o isolamento social é necessário por conta da Covid-19, a adaptação do livro de Augusto Cury pode ganhar uma ressignificação e muitas das lições podem ser refletidas. 

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Por Karina Almeida – Fala! Cásper

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