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Unesco aponta aumento de 50% em mortes de jornalistas em 2022

O número de assassinatos de jornalistas está crescendo ao redor do mundo. Em 2018 foram cerca de 99 casos contra os profissionais da área, e a partir de 2019 até meados de 2021 percebeu-se uma queda de violência, mas em 2022 os casos voltaram a crescer. Estima-se que um profissional perdeu a vida a cada 4 dias.

Para a Unesco, a situação mostra “que não há espaços seguros para os jornalistas, mesmo em seu tempo livre”. Visto que os crimes ocorreram enquanto os profissionais estavam de folga, em casa, viajando ou em locais públicos fora do ambiente de trabalho, acompanhados de amigos e familiares, em momentos de lazer.

A ONU também afirma que o cenário atual confirma a necessidade de políticas públicas mais intensas que envolvam políticas de proteção, promoção e procuração da justiça nesses casos de violência contra profissionais da imprensa.

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Número de jornalistas assassinados cresce e preocupa. | Foto: Reprodução/Montagem.

Onde acontecem os casos de assassinato de jornalistas

A concentração de cerca de 50% dos casos de assassinatos está na América Latina e no Caribe. O país mais perigoso para os profissionais da área foi o México, com 19 casos de violência, logo em seguida vem a Ucrânia, que está em guerra, com 10 casos, e depois o Haiti com 9.

Para a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, o total de assassinatos de jornalistas em 2022 é apavorante, ela pede às autoridades que intensifiquem esforços para impedir esses crimes e punir os responsáveis. Para ela, “a indiferença é um fator importante nesse clima de violência”.

A maioria dos crimes ocorrem contra jornalistas locais, que estão envolvidos na cobertura de acontecimentos como corrupção, crimes ambientais e violações dos direitos humanos. Sequestros, detenções, violência verbal e assédio também são tipos de violência frequentes contra profissionais da área, nota-se ainda que os casos são mais comuns contra mulheres.

De acordo com um levantamento feito pela ONU, a taxa de impunidade segue alta, com 86% dos casos de assassinatos ficando impunes.

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Por André Luiz Tito Rocha – Fala! Uninove

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