A busca por hábitos mais sustentáveis e saudáveis tem crescido cada vez mais nos últimos anos e a pauta já chegou até no nicho de beleza. Com a conscientização sobre os problemas ambientais que o planeta tem sofrido e dos impactos que o consumo de produtos cosméticos pode causar à nossa saúde também, movimentos que se preocupam com o autocuidado e com a preservação do meio ambiente têm se expandido, a exemplo do slow beauty.
São muitos os movimentos: slow beauty, clean beauty, green beauty e blue beauty são alguns deles. Certamente, você já ouviu falar de pelo menos um desses. Apesar de todos eles terem características em comum, existem algumas diferenças. Entenda o papel de cada um.
Movimento Slow Beauty
Nascido nos Estados Unidos, o movimento Slow Beauty (“beleza lenta” na tradução literal) tem como principais características a diminuição do consumo de produtos e a troca de cosméticos industrializados por cosméticos naturais.
Os adeptos ao movimento buscam marcas que seguem esta tendência. Como a ideia é diminuir o consumo pensando em gerar menos lixo e evitar os danos causados pelos industrializados, quem segue o movimento adere a uma rotina minimalista, ou seja, usar só o essencial.
As marcas voltadas para esse nicho costumam oferecer produtos multifuncionais. Por exemplo, é comum que um creme sirva para hidratar as mãos, rosto, corpo e, às vezes, até o cabelo. Dessa forma, é possível gerar menos lixo com as embalagens. As fórmulas dos cosméticos são naturais, isso significa que são feitas a partir de ativos vegetais, pensando em evitar ingredientes nocivos à saúde, como essências sintéticas que podem ser alergênicas.
Movimento Clean Beauty
O Clean Beauty (“beleza limpa” na tradução literal) é um movimento que propõe o uso de cosméticos livres de substâncias consideradas nocivas. Esses produtos, muitas vezes, recebem um selo de “free from”. No entanto, é importante destacar que existe uma diferença dos produtos desse movimento para os naturais do Slow Beauty.
Os cosméticos considerados “limpos” são apenas livres de ingredientes vistos como tóxicos ou suspeitos, não necessariamente a fórmula só possui ativos vegetais. Um produto Clean Beauty pode ter ativos sintéticos e de origem animal, desde que não sejam considerados perigosos. O foco é na saúde de quem usa o produto, e não no impacto ambiental.
Ingredientes proibidos no Clean Beauty
Alguns dos mais comuns são:
- Derivados do Petróleo;
- Parabenos;
- Sulfatos;
- Conservantes;
- Filtros químicos.
Movimento Green Beauty
O movimento Green Beauty (“beleza verde” na tradução literal) tem como objetivo adotar o uso de cosméticos naturais. Nesses produtos os insumos vêm da natureza, assim como no Slow Beauty. No entanto, a beleza verde tem o cuidado com o impacto do planeta como um ponto essencial. A ideia é unir o cuidado com a própria saúde com a preservação do meio ambiente.
Sendo assim, o movimento preza por uma cadeia de produção que não gere impactos ambientais. Por isso, não realizam testes em animais, não fazem uso de ingredientes de origem animal, evitam a produção de lixo. Geralmente, os produtos naturais são feitos por pequenas empresas artesanais e não são regulamentados por leis.
Movimento Blue Beauty
Por fim, o movimento Blue Beauty (“beleza azul” na tradução literal) tem como foco a redução do despejo de plásticos nas águas. Isso porque o impacto dos oceanos é uma pauta que tem preocupado muitas pessoas. A estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU) é que, em 2050, haja mais plástico do que peixe nos oceanos.
Para lidar com o problema, as marcas que seguem o Blue Beauty podem adotar diferentes estratégias, como criar pontos de coletas para reciclar sua embalagem, fazer embalagens biodegradáveis, optar por produzir cosméticos sólidos, que geralmente são embrulhados em celofane biodegradável ou papel kraft, entre outros.
Além disso, o cuidado com a fórmula do produto também é necessário. Grande parte dos cosméticos utilizam os microplásticos, esferas com diâmetro inferior a 5 milímetros, que têm funções como trazer brilho aos cabelos. O problema é que os microplásticos são extremamente nocivos aos animais marinhos e voltam para a gente por diferentes meios, seja pela água, uma vez que por serem muito pequenos não conseguem ser filtrados, pela cadeia alimentar ou pelo ar.
Agora você já sabe o que significa slow beauty, clean beauty, green beauty e blue beauty, e suas diferenças, que tal aderir a algum desses produtos mais sustentáveis?
Você encontra, lá na Slow Beauty, uma seleção de produtos de muitas outras marcas comprometidas com o autocuidado e com a preservação ambiental!
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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!