A democracia não é perfeita. Ela não representa, às vezes, a vontade de todos, é um sistema exposto à corrupção e pode promover pessoas que não são aptas para os cargos que são dados. Mas é a melhor opção para que haja igualdade a todos e prosperidade ao mundo inteiro.
Embora pareça que não valha a pena, a democracia deve ser preservada a todo custo para assegurar os seus direitos e os de muitos. O filme da Netflix, Sergio, conta a história do diplomata brasileiro da ONU, Sérgio Viera de Mello, e de seus esforços de trazer paz em áreas de conflito como Timor Leste e Bagdá.
Sergio – Uma análise
Para aqueles que não sabem, Sérgio de Mello foi um renomado diplomata brasileiro que trabalhou para a ONU em missões humanitárias em Kosovo, Ruanda, Timor Leste, Iraque e em outros países.
Seu trabalho nos esforços de paz foi tão importante que é considerado um modelo para ser seguido por outros funcionários da ONU e é inspirado pelo modelo de atuação do sueco Dag Hammarskjöld, ex-secretário-geral da ONU e vencedor do prêmio Nobel da Paz.
Infelizmente, Sergio de Mello foi morto em um atentado terrorista em Bagdá, no Iraque, em 2003, onde estava liderando uma missão para reconstruir o país após a ocupação americana no território.
Quem faz o diplomata é o ator Wagner Moura, que já fez Narcos, outra produção da Netflix, interpretando o contrabandista colombiano Pablo Escobar. O talento em atuação de Wagner Moura é demonstrado novamente nesse filme, com o ator criando um personagem amigável, bondoso e corajoso que era Sérgio de Mello.
Sua maneira de falar, sua postura e as expressões usadas criaram a imagem de um diplomata dedicado em seu trabalho e também de uma pessoa genuinamente boa. É difícil imaginar alguém como Wagner Moura, alguém que fez personagens cruéis e violentos, como Capitão Nascimento e Pablo Escobar, fazer de forma espetacular esse tipo de personagem.
Um dos aspectos mais importantes do filme é o caráter humanista do diplomata em momentos de negociação de paz, mesmo quando a situação era precária. Mesmo sendo uma obra cinematográfica, ver uma pessoa de autoridade, especialmente alguém brasileiro, demonstrar compaixão a pessoas necessitadas foi algo lindo e confortante. Algo em falta nos tempos em que vivemos.
O filme consegue ser inspirador e é uma homenagem à memória de um homem que deu a vida para a democracia.
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Por Guilherme Schanner – Fala! Mack
