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‘Ricos de Amor’: Leia a crítica do filme original da Netflix

Apostando novamente na fórmula das comédias românticas, a Netflix mesclou amor, amizade e muitos temas no filme Ricos de Amor

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Ricos de Amor (2020). | Foto: Reprodução IMDb.

Crítica Ricos de Amor

Como mais um clichê romântico, o longa brasileiro demonstra a trajetória de dois corações para se unirem. O filme é relativamente bom, mas é evidente que essa aposta foi feita visando o alcance de um público específico. Não é inovador, mas o canal de streaming sabe que o que faz sucesso, e lucra atualmente.

Ricos de Amor é dirigido por Bruno Garotti, que também esteve à frente de outras produções do gênero, como Cinderela Pop e Tudo Por Um Popstar, de 2018.

Na trama, Danilo Mesquita interpreta Teto, o  filho do “Rei do Tomate”, o rico empresário Teodoro (Ernani Moraes). Imaturo, acomodado e apenas querendo se divertir, o rapaz sente-se pressionado após o presente de aniversário dado por seu pai: um emprego em sua fábrica de tomates, o que não é bem o que ele deseja.

Em contrapartida à sua condição, está seu amigo Igor, vivido por Jaffar Bambirra, um garoto humilde, dedicado e filho do caseiro. E, como manda a fórmula, a vida do garoto rico tem uma reviravolta quando um grande amor entra em cena.

Na tradicional “festa do tomate”, ele conhece a carioca Paula, estrelada por Giovanna Lancellotti, uma jovem decidida, de personalidade forte e que não vê a hora de se tornar independente. Após esse encontro, ele pensa em um plano para encontrar e conquistar a moça: ele e Igor trocam de identidades para participar do programa de aprendiz da empresa do pai, que fica no Rio de Janeiro.

Contudo, a falha encontra-se justamente nessa inversão de papéis, que deveria ser muito bem pensada, visto que existem redes sociais e seria fácil encontrá-los, fato aparentemente ignorado no filme. Os amigos passam por todos e ninguém descobre a confusão até que eles revelem. Talvez o mais absurdo ocorra quando o “Rei do Tomate”, dono da famosa empresa, é confundido com o zelador do prédio.

Porém, a mentira não sai bem como o planejado e muitos desentendimentos surgem pelo caminho. Típico de filmes do gênero, o rapaz entra em uma espécie de Ser ou não ser, eis a questão, quando começa a se aproximar de Paula e percebe realidades opostas à sua.

Entre amor e trapalhadas, o filme tenta abordar, ainda que de maneira torta, as divergências entre condições sociais e percepções de mundo. O questionamento do protagonista em relação a si mesmo traz à tona a questão dos privilégios, levando à transformação no final da trama. Em meio aos clichês, o filme também aborda o assédio no ambiente de trabalho, mas não com o posicionamento e seriedade que deveria.

O elenco é bom, escolhido a dedo. Além dos protagonistas, conta também com Fernanda Paes Leme e Alessandra Aires Landim, mais conhecida como Lellêzinha – do grupo Dream Team do Passinho. Porém, não são grandes atuações diante de outros trabalhos.

O cenário é – novamente – a cidade maravilhosa, enfatizando suas praias e largas avenidas, mas também as comunidades. Apesar de muito chamativa aos olhos do público e de uma beleza exuberante, não é novidade. Diversas outras produções brasileiras ambientam-se no Rio e ressaltam essa paisagem. Contudo, ao mostrar a fazenda de Teodoro, surpreende pela extensão das plantações e pelo charmoso casarão da família.

Talvez a trilha sonora seja um ponto que atrai espectadores e é até envolvente. A seleção, do DJ Alok, conta com músicas eletrônicas e pop, como All The Lies e Ocean. Mas também conta com os aclamados funks cariocas, típicos sertanejos e até mesmo com o sucesso de Mamonas Assassinas.

Sinopse oficial Netflix e Trailer

Teto é um jovem rico que quer conquistar Paula, sua crush. Mas, para isso, precisa contar uma mentira que pode virar sua vida de cabeça para baixo.

FICHA TÉCNICA: Ricos de Amor (Original Netflix)

Título OriginalRicos de Amor
Duração: 104 minutos
Lançamento: 30 de abril de 2020
Distribuidora: Netflix
Diretores: Bruno Garotti e Anita Barbosa
Classificação: 12 anos
Gênero: Romance/Comédia
País de Origem: Brasil

Referências: Adorocinema e Netflix

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Por Karina Almeida – Fala! Cásper

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