Sabe-se que uma passagem aérea, em um preço convencional, não é barata. As companhias aéreas já começam a lucrar antes mesmo do voo partir, com diversos serviços acrescentados no meio da compra, como bagagem despachada, refeição especial, assento com mais espaço, entre outros. Mas quão rentável é este mercado?
Uma pesquisa realizada em outubro/2018 pelo Grupo de Ação de Transporte Aéreo (ATAG – sigla em inglês), uma associação de 40 membros representantes do setor da indústria de transporte aéreo, este ramo movimentou o total de US$2,7 trilhões, representando, aproximadamente, 35% do comércio mundial, além de gerar o total de 65,6 milhões de empregos.
No relatório semestral emitido pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, sigla em inglês), o lucro líquido em 2019 foi de US$25,9 bilhões, sendo a maior parte na América do Norte, no total de US$16,9 bilhões.
Somando todos os voos no período entre 2018/19, o mercado da aviação transportou 4,4 bilhões de passageiros, ocupando o total de 81,9% dos assentos, sendo as companhias aéreas atuantes na região Ásia-Pacífico responsáveis pelo transporte. Inclusive, essas empresas estão no ranking das rotas com as maiores receitas calculadas no biênio mencionado.
Lista fornecida pela Forbes:
As 5 rotas aéreas com as maiores receitas:
- 1º London (Heathrow) – Nova Iorque (JFK) – US$ 1,16 bilhões – Operado pela British Airways;
- 2º Melbourne – Sydney – US$ 861 milhões – Operado pela Qantas Airlines;
- 3º Dubai – Londres (Heathrow) US$ 796 milhões – Operado pela Emirates Airline;
- 4º Singapura – Londres (Heathrow) US$ 736 milhões – Operado pela Singapore Airlines;
- 5º São Francisco – Newark – US$ 689 milhões – Operado pela United Airlines.
Este mercado é altamente lucrativo, mesmo sendo sensível a pequenas mudanças como, por exemplo, o preço do barril do petróleo e querosene. Em média, as companhias aéreas em 2019, gastaram US$188 bilhões em combustível, correspondente a quase 25% de despesas no ano. Esse valor é recompensado com a quantidade de lugares preenchidos nos voos.
Em um dos relatórios da IATA, em 2020 seria um ano de crescimento econômico, porém, devido ao avanço do Covid-19 e a quarentena imposta em quase todos os países, a mesma associação projeta uma dívida de US$550 bilhões até o final do ano. Neste montante, está envolvido linhas de créditos existentes, empréstimos comerciais e governamentais, dívidas de novos arrendamentos operacionais, impostos diferidos e dívida do mercado de capitais.
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Por Camile Alencar – Fala! USP