De acordo com a dermatologista Ana Paula Souza (@anafasouza) muitos médicos orientam a exposição ao sol para a sintetização de vitamina D, e alguns deles contraindicam o uso de protetor solar: “Realmente quanto maior a fotoproteção, menor vai ser a produção de vitamina D”. A profissional trouxe mais detalhes acerca do tema, que principalmente no verão, é bastante questionado.
Mesmo que os bloqueadores solares tenham uma ação contrária à produção da vitamina, o tempo necessário para a sintetização diária é muito curto, cerca de 10 minutos em mãos e faces para uma pessoa de pele clara, que absorve mais, já seria suficiente, podendo aumentar. Ou seja, na teoria o protetor solar reduz sim a produção da vitamina, mas na prática ele não vai causar insuficiência para uma pessoa que não tenha deficiência constatada.
Sendo assim, enfatiza: “Não se deve orientar as pessoas a não usarem protetor e ficarem se expondo ao sol”. No dia a dia, indivíduos que moram em um país tropical como o Brasil já estão absorvendo a radiação necessária para produzir a vitamina D. A partir da década de 1970, os pesquisadores descobriram que ela poderia ser produzida pelo organismo, ou seja, na realidade pode ser considerada por alguns especialistas como um hormônio.
Qual protetor solar escolher?
Os protetores solares são compostos por substâncias químicas, que absorvem a radiação, ou físicas, que refletem a radiação. Assim, costumam ser uma mescla dos dois. Entenda como são classificados e as siglas utilizadas pelo mercado:
- FPS: proteção à radiação UVB. O número corresponde à quantas vezes mais a pessoa está protegida com a aplicação do produto do que se estivesse sem.
- PPD: valor que não costuma estar exposto na embalagem logo “de cara”, mas en números menores escondidos. O ideal é que o valor seja ⅓ do FPS.
Crianças com até 6 meses não devem utilizar, somente métodos de barreira como chapéu e roupa para prevenção. Já para a faixa etária entre 6 meses e 6 anos e para pessoas com pele sensível, o recomendado são produtos com filtros inorgânicos. O ideal é utilizar 2 miligramas por centímetro cúbico e reaplicar, pois a cada uma hora o fator de proteção vai reduzindo.
Por: Izadora Del Bianco (@izadbr)