Josh D’Amaro, chefe dos Parques Disney, anunciou nos últimos dias de setembro a demissão de 28 mil funcionários do grupo em vários países. O principal motivo dos desligamentos é a pandemia, que fecha até hoje os Centros Temáticos na Califórnia e limitou a circulação livre de pessoas em outras localidades; a empresa alega que foi necessária a tomada de ações em momentos difíceis, atenuando ao afirmar que 67% dos demitidos trabalhavam em meio período.
Por que a Disney demitiu funcionários de seus parques?
A queda na arrecadação é o principal sintoma da Disney com a pandemia, chegando a obter perdas bilionárias. No primeiro trimestre do ano o déficit foi US$1 bilhão, batendo recorde nos três meses seguintes, com prejuízo estimado em US$ 3,5 bilhões nas receitas operacionais, fruto do período sem hospedagens, cruzeiros e visitas em parques.
O turismo e lazer corresponde a 37% do bruto gerado pela companhia estadunidense, a qual no ano passado teve US$ 69,6 bilhões em receitas. Por essas razões, a multinacional tem pressionado governos pelas liberações aos Parques Temáticos, o que já ocorreu na Flórida, Paris, Xangai, Japão e Hong Kong, ainda com limitações pelas regras sanitárias.
A Disney tem se mostrando contente com o reinício, voltando a gerar movimentação e retorno financeiro, especialmente na Flórida, China e França. Já no oeste dos Estados Unidos, na Califórnia, o governo local tem sido resistente à reabertura; o democrata Gavin Newsom, chefe executivo local, ainda não cedeu às fortes reivindicações pela flexibilização.
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Por Luiz Henrique Marcolino Cisterna – Fala! Anhembi