A partir da manhã desta quinta-feira, 15 de dezembro, a Polícia Federal (PF) iniciou uma operação de mais de 100 mandatos de busca e apreensão contra manifestantes envolvidos em manifestações golpistas, suspeitos de organizar atos contra o resultado das eleições presidenciais 2022.
Entre os atos antidemocráticos estaria a tentativa de bloquear rodovias e organizar manifestações em quartéis a fim de demostrar apoio ao atual presidente, que foi derrotado nas urnas em 2022, Jair Bolsonaro (PL).
A operação foi anunciada pela própria PF e autorizada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação acontece nos estados do Acre, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal.
Operação da PF foi autorizada por Alexandre de Moraes
O ministro do STF também autorizou o bloqueio das contas de envolvidos nos protestos antidemocráticos, além da quebra do sigilo bancário. “Comparando os números, ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar”, adiantou Moraes.
No dia 07 de dezembro, Alexandre de Moraes já havia multado em R$ 100 mil alguns proprietários de caminhões utilizados nos atos antidemocráticos no Mato Grosso. Os veículos foram proibidos de circular, assim como os proprietários tiveram seus documentos bloqueados.
No dia 17 de novembro, o ministro tomou outras medidas para combater os atos, determinando o bloqueio de 43 contas bancárias relacionadas a pessoas e empresas suspeitas de estarem envolvidas nas manifestações golpistas.
Entre os alvos da operação realizada nesta quinta-feira também estão políticos como o deputado estadual Carlos Von (DC-ES) e o também deputado estadual Capitão Assunção (PL-ES). Ambos estão usando tornozeleira e não estão permitidos a deixar o estado. Até o momento, sabe-se que quatro prisões foram realizadas no Espírito Santo.
Os atos antidemocráticos começaram a ser organizados por bolsonaristas radicais que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PL) nas urnas, que aconteceu no dia 30 de outubro, no segundo turno das eleições presidenciais. O presidente eleito toma posse no dia 1° de janeiro de 2023 e, no dia 12 de dezembro, passou pela cerimônia de diplomação.
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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!