No livro de Eric Hobsbawm, A era dos extremos, publicado em 1994, a humanidade estaria vivenciando uma sociedade em que as divergências são caracterizadas pela ideologia de cada um, o que colocou a política de diversos países em evidência, e gerou diversos conflitos entre Estados.
A partir da década de 1970, com o início da globalização, houve a revolução técnico-científica e, consequentemente, o surgimento da internet, que acabou tornando-se um dos principais vetores, nos dias atuais, de extremismos que começaram no contexto da Guerra Fria, sobretudo no Brasil, com o atual governo do presidente Jair Bolsonaro.
Atualmente, existe, no Brasil, um conflito de caráter ideológico entre governos de direita e esquerda, ambos extremistas, em que a internet é o principal instrumento de ataques, utilizando discursos que apenas enaltecem suas visões, e que opiniões alheias merecem xingamentos e reprovação.
O atual presidente, que conduz o Brasil a uma política capitalista incentivando privatizações, foi eleito no ano de 2019, num período onde o extremismo e raiva do governo anterior fez com que ele fosse visto como um “salvador da pátria” e seus discursos, abruptamente preconceituosos, foram completamente ignorados por alguns, sobretudo, a elite brasileira, que apoiou com afinco a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro.
Porém, agora em 2020, ficou exposto que o presidente não possui embasamento político, não tem dinâmica social e não cumpriu suas promessas, o que está causando arrependimento em grande parte de seus eleitores, que no último dia 18 de março, promoveram um panelaço contra o governo, em diversos bairros considerados elitistas nas capitais brasileiras.
Ao relacionar toda essa situação ao extremismo que conduziu a população brasileira a eleger um candidato sem pesquisar seu histórico, tem-se como resultado direto, de cunho político e ideológico, Jair Bolsonaro, que é a prova de que a vida de todos é afetada quando essas medidas são tomadas, e que numa decisão tão importante, diversos lados devem ser ouvidos, e que o bem comum deve ser priorizado acima de tudo.
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Por Camille Barros – Fala! UFPE