Nas últimas semanas, diversas pautas político-econômicas, como o racismo e o fascismo junto com a crise do coronavírus, ocuparam as primeiras páginas nos portais de notícias brasileiros e internacionais. No entanto, uma delas chamou a atenção dos mais curiosos leitores: o vazamento criminoso de dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro, sem partido, de seus filhos e de ministros, no Twitter, feitos por hackers. Segundo eles, foi uma maneira de protestar contra o atual governo.
O ato foi feito pelo grupo de ciberativistas Anonymous. Esse coletivo está em ação desde 2003 e possui um objetivo: manter a Internet livre a todos. No entanto, no decorrer dos anos, eles ganharam notoriedade ao praticarem o ativismo político contra certos ideais ou posicionamentos de alguns governos ou empresas.
Anonymous e sua inspiração
Qualquer um pode, sem revelar sua verdadeira identidade, se manifestar como parte do coletivo, que não tem centralização de informações ou um líder. Em todas as aparições, os integrantes usam a máscara de Guy Fawkes, soldado britânico participante da “Conspiração da Pólvora” que influenciou o protagonista do filme V de Vingança, interpretador pelo ator Hugo Weaving.
A partir de seu lema: “Nós somos Anonymous. Somos uma legião. Nós não esquecemos. Nós não perdoamos. Esperem por nós.”, os hackers atuam na coleta e exposição de dados secretos como uma maneira de protestar.
No Brasil, além do caso do presidente Jair Bolsonaro, o Anonymous já atuou em outras ocasiões, como na Revolta dos 20 Centavos, em junho de 2013 e antes da Copa do Mundo de 2014. Em ambas, houve bastante repercussão na imprensa nacional e mundial.
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Por Helena Barbosa Geraldes – Fala! Cásper