Elevados níveis de radiação foram detectados próximo à Usina de Chernobyl, na Ucrânia, após a entrada da Rússia no território, que deu início ao atual confronto entre os países.
Durante o dia 28 de fevereiro, os níveis de radiação aos arredores da Usina de Chernobyl aumentaram cerca de 20 vezes após a invasão das tropas russas na região, segundo os medidores do Sistema Automatizado de Monitoramento da Agência Internacional de Energia Atômica.
O perigo do aumento dos níveis de radiação na Europa
O combate entre Rússia e Ucrânia, que teve início no dia 24 de fevereiro, é a crise militar mais grave em um país da Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
E, pensando que a usina, localizada na cidade fantasma de Pripyat, é o palco do maior acidente nuclear da história, o aumento nos níveis de radiação são considerados uma grande ameaça para a saúde.
Esta ameaça se dá em razão dos resíduos nucleares radioactivos que, desde a explosão do reator n° 4 em 1986, continua sendo altamente prejudicial, principalmente para crianças e bebês, já que aumentam o risco de câncer e outras doenças.
Porém, mesmo com o recente embate entre Ucrânia e Rússia, esta não é a primeira vez que os níveis de radiação tiveram um aumento considerável, trazendo problemas para diversos países na Europa.
Em 2017 e 2020, segundo o Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) da França, o combustível nuclear usado nas usinas da Rússia fez com que o nível de rutênio-106 aumentasse nos países europeus.
O elemento, usado para tratar tumores oculares e como fonte de energia em satélites, é prejudicial aos seres humanos, além de poder contaminar alimentos.
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Por Maria Paula Soares – Fala Universidade Franca!