Neste domingo (8), será comemorado o Dia Internacional da Mulher. Sabe-se que, ao longo da história, as mulheres foram oprimidas de todas as formas imagináveis. Proibidas de votar, de exercer determinada profissão, de ter acesso à educação e até mesmo de expressar sua opinião.
É nítido que esse tipo de comportamento hoje em dia, ao menos na maioria dos países, é inaceitável. Atualmente, a mulher possui liberdade de expressão para vestir, falar, tomar suas próprias decisões.
Acontece que essa mudança não aconteceu do nada, foram necessários muitos anos de luta e persistência para quebrar estereótipos e fazer com que a sociedade visse toda a capacidade feminina.
Para comemorar esta data tão especial, confira abaixo mulheres com histórias verdadeiramente inspiradoras, que venceram todo tipo de barreira para lutar pelo que acreditavam.
Confira mulheres com histórias inspiradoras:
Katherine Johnson
Nascida em agosto de 1918, em White Sulphur Springs, Katherine Johnson era um prodígio desde criança, principalmente tratando-se de cálculos. Concluiu o ensino médio aos 14 anos e, aos 18, sua graduação em Física e Matemática.
Em 1953, foi contratada pela NACA que, mais tarde, viria a se tornar a NASA. Ao longo de sua carreira, Katherine calculou trajetórias de voos que foram essenciais para o avanço da exploração espacial, contribuiu com a missão orbital de John Glenn em 1962 e com os cálculos que possibilitaram a primeira ida do homem à lua.
Foi a primeira mulher na Divisão de Pesquisa de Voo a receber os créditos por um relatório de pesquisa. Superando o preconceito e o racismo, Katherine é um exemplo de força e determinação.
Maria da Penha
Maria da Penha conheceu o colombiano Marco Antonio Heredia Viveros em 1974, ambos estudavam na mesma universidade. Apaixonados, casaram-se em 1976 e, juntos, tiveram 3 filhas.
Após o nascimento da terceira criança, as agressões começaram. Vale lembrar que, na mesma época, ele obteve a cidadania brasileira.
Em 1983, ele tentou matá-la duas vezes. Primeiro, deu um tiro nas costas dela enquanto ela dormia, deixando-a paraplégica. Meses depois, logo após a saída dela do hospital, Marco Antonio tentou eletrocutá-la enquanto estava no banho.
Apesar de tudo que houve, de todo o trauma que enfrentou, Maria nunca desistiu de buscar justiça. Sua luta incessante durou quase vinte anos e foi responsável pela criação da Lei Maria da Penha, que hoje ajuda diversas mulheres vítimas de agressão.
Malala Yousafzai
Nascida no Vale do Swat, Paquistão, em julho de 1997, sempre teve ânsia por aprender. Entretanto, em 2008, após o Talibã ter dominado o território, foi determinada a proibição de que meninas frequentassem a escola. Inconformada, Malala lutou para mudar a situação, sabia da importância desse direito para as garotas, pois isso lhes proporcionava uma nova perspectiva de vida e novas possibilidades para um futuro.
Assim, ela começou um blog que defendia o direito a educação, o que, três anos mais tarde, resultou em um atentado contra ela – foram disparados 3 tiros. Ainda assim, após sua recuperação, Malala continuou com seu movimento, agora, com muito mais apoiadores no mundo todo.
Aos 17 anos, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, tornando-se a pessoa mais jovem a conquistar este feito. Transformando a vida de milhares de garotas, Malala é um grande exemplo de que vale a pena lutar pelo que se acredita.
Marie Curie
Nascida em 7 de novembro de 1867, em Varsóvia, Marie concluiu os estudos aos 15 anos. Entretanto, não pôde se matricular na universidade, pois o governo proibia mulheres de cursar o ensino superior. Essa proibição não foi suficiente para parar Curie que, aos 24 anos, foi estudar em Paris, onde se formou em Física e Matemática e, mais tarde, lecionou. Assim, tornando-se a primeira mulher a ser professora na Universidade de Sourbone.
Juntamente com seu marido, Marie fez grandes avanços no campo da radioatividade, rendendo-lhes, mais tarde, o prêmio Nobel de Física, em 1903.
Após o falecimento do marido, Marie ainda conquistou o segundo prêmio Nobel, agora de Química, por seus estudos sobre o elemento rádio. Tornando-se não apenas a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, mas também a primeira pessoa a conquistá-lo duas vezes.
Marie enfrentou todo tipo de dificuldade, fome, preconceito e superou tudo para seguir seu sonho. Sua história inspira até hoje mulheres que sonham seguir carreira científica.
As histórias de vida dessas mulheres têm inspirado outras mulheres em todo o mundo, incentivando-as a acreditar em si mesmas e a sempre lutarem para garantir seu espaço.
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Por Rebeca Uzêda dos Santos – Fala! UFBA