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5 melhores livros de detetives

As histórias de crimes e mistérios e os detetives que as solucionam são um dos gêneros literários mais populares do mundo. Um dos exemplos mais antigos é a história do vizir Ja’far de Mil e Uma Noites, encarregado de investigar o caso de uma mulher encontrada esquartejada dentro de um baú que boiava no Rio Tigre. A seguir, confira os 5 melhores livros de detetives:

5 melhores livros de detetives
5 melhores livros de detetives. | Foto: Freepik.

Veja os melhores livros de detetives

Os Assassinatos na Rua Morgue

O autor americano Edgar Allan Poe é considerado o criador das histórias de mistério na literatura e Os Assassinatos na Rua Morgue é o primeiro conto desse gênero.

Este é apenas um de muitos contos onde Poe tratou de temas macabros e misteriosos. Nele, o detetive C. Auguste Dupin investiga o brutal assassinato de duas mulheres na titular rua parisiense em que a única pista é um pêlo que não aparenta ser humano.

Ao longo da história, o autor apresenta pistas e testemunhos e incentiva o leitor a decifrar o crime como se fosse o próprio detetive. No conto também estão presentes muitos dos tropos literários que depois iriam definir o próprio gênero das histórias de detetives, como o investigador brilhante e excêntrico, a incompetência da polícia e o narrador-personagem que é amigo do protagonista.

O Detetive Dupin protagoniza outros dois contos posteriores de Poe: O Mistério de Marie Rogêt e A Carta Roubada.

O Cão dos Baskervilles

O Detetive Dupin pode ter sido o primeiro grande detetive da literatura, mas o posto de mais famoso fica com um inglês: Sherlock Holmes. O mais famoso residente da Baker Street e seu companheiro John Watson são criações de Sir Arthur Conan Doyle, que publicou a primeira história do detetive, Um Estudo em Vermelho, em 1887. Conan Doyle ainda publicou outros três romances e cinquenta e seis contos protagonizando o Detetive de Baker Street.

Em O Cão dos Baskervilles, o famoso detetive investiga mortes relacionadas a um enorme cão diabólico que assolam os descendentes de uma tradicional família do interior da Inglaterra.

O livro é considerado por fãs como a melhor história do personagem e foi escolhido como um dos livros mais amados pelos britânicos numa enquete conduzida pela BBC em 2003.

Assassinato no Expresso Oriente

A história do assassinato no luxuoso Expresso Oriente, linha de trem que fazia a rota entre Londres e Istambul na Turquia, é uma das mais famosas da literatura. Escrito em 1934 pela prolífica escritora britânica Ágatha Christie, autora de mais de sessenta livros de mistério, Assassinato no Expresso Oriente tem como protagonista o detetive belga Hercule Poirot.

Para escrever o livro, a autora se inspirou em alguns elementos do caso real do sequestro e morte do filho do aviador Charles Lindbergh, assim como a sua própria experiência quando ficou presa no trem titular durante uma nevasca em 1929.

O romance foi adaptado diversas vezes para o cinema, televisão, rádio e teatro, mais recentemente em 2017, em uma versão dirigida e estrelada por Kenneth Branagh.

O Nome da Rosa

O primeiro romance do escritor e intelectual italiano Umberto Eco, O Nome da Rosa leva as histórias de detetives à Idade Média.

Estudioso deste período da História, Eco nos leva a um mundo diferente daquele dos romances de cavalaria que normalmente relacionamos à Idade Média.

O livro conta a história de um frade franciscano e seu aprendiz que investigam uma série de mortes macabras em um monastério no Norte da Itália em meio a um debate religioso acalorado.

Além do mistério, o romance trata sobre temas de religião, política e literatura, sendo considerado por muitos críticos como um exemplo de metanarrativa, onde a história se entrelaça com o conteúdo de um livro perdido descrito pelo autor.

O romance também faz referência a muitas obras consideradas clássicas, como o próprio nome do protagonista que é inspirado em Sherlock Holmes.

Os Homens que não amavam as mulheres

O primeiro livro da trilogia Millenium do escritor e jornalista sueco Stieg Larsson, Os Homens que não amavam as mulheres é talvez o melhor exemplo do romance de detetive moderno.

Apesar da recepção crítica morna nos Estados Unidos, o livro milhões de cópias, aparecendo na prestigiada lista de mais vendidos do jornal The New York Times, e recebeu diversos prêmios na Suécia e em outros países da Europa.

Inspirado por acontecimentos reais da vida de Larsson e pelo assassinato da garota de programa Caterine da Costa em Estocolmo no ano de 1984, a história segue um jornalista que é contratado para investigar o misterioso desaparecimento de uma jovem de uma rica família há mais de quarenta anos. Para auxiliá-lo, ele recruta a jovem e antissocial hacker Lisbeth Salander.

Além da trilogia escrita por Larsson, o também jornalista David Lagercrantz escreveu outros três livros continuando a história dos mesmos personagens.

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Por Alexandre Aimbiré – Fala! USP

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