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Lula na Globo: Veja os destaques da entrevista

Na noite desta quinta-feira (25), o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da entrevista do Jornal Nacional. O telejornal está entrevistando, nesta semana, os candidatos com maiores intenções de voto para o cargo de presidente, disputado nas Eleições 2022.

Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT) já participaram da entrevista. Para finalizar, Simone Tebet participará hoje, sexta-feira (26).

A conversa é conduzida pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos e dura 40 minutos. Ao fim, o candidato tem direito a 1 minuto para fazer considerações finais. Confira os destaques da entrevista de Lula.

Lula - Jornal Nacional - Globo
Saiba quais foram os destaques da entrevista de Lula ao Jornal Nacional. | Foto: Montagem/ Reprodução

Os destaques da entrevista de Lula ao Jornal Nacional

A entrevista contou com perguntas dos mais variados assuntos, desde corrupção até política internacional. Confira os destaques:

Lula fala sobre corrupção

O primeiro assunto da entrevista foi sobre corrupção e as acusações contra o petista. Tendo isso em vista, o jornalista William Bonner questionou como ele vai convencer os eleitores de que esses escândalos de corrupção não vão voltar a se repetir caso seja eleito.

A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada. Porque você está lembrado que, em 2005, quando surgiu a questão do Mensalão, eu cheguei a dizer o seguinte: só existe uma possibilidade de alguém não ser investigado nesse país, é não cometer erro. Se cometer erro, vai ser investigado.

disse o político

O que foi o equívoco da Lava Jato? É que a Lava Jato enveredou por um caminho político delicado. A Lava Jato ultrapassou o limite da investigação e entrou no limite da política. E o objetivo era o Lula, o objetivo era tentar condenar o Lula.

completou

Crise Econômica

Lula foi questionado sobre os seus planos para a Economia e como ele pretende recuperar o equilíbrio das contas. O candidato relembrou conquistas de seu primeiro mandato.

Quando eu tomei posse em 2003, o Brasil tinha 10,5% de inflação. O Brasil tinha 12% de desemprego, o Brasil devia R$ 30 bilhões a FMI, nós tínhamos uma dívida pública de 60,4%. O que que nós fizemos? Primeiro, nós reduzimos a inflação durante todo meu período de governo. Segundo, nós reduzimos a dívida pública de 60,4% para 39%. Nós fizemos uma reserva de US$ 70 bilhões e nós ainda emprestamos R$ 15 bilhões para a FMI. Além do que, nós fizemos a maior política de inclusão social que a história desse país conheceu. É assim que nós vamos governar esse país. Eu digo sempre que tem três palavras mágicas para governar o país: a primeira delas é credibilidade, a segunda delas é previsibilidade e a terceira é estabilidade.

afirmou Lula

Relacionamento com o Congresso

Renata Vasconcellos questionou o candidato Lula sobre como evitar que escândalos de corrupção, como o do Mensalão, ocorram novamente, tendo em vista o relacionamento de governos do PT com o Congresso.

A vida política estabelecida em regime democrático é a convivência democrática na diversidade. Nenhum presidente da República, num regime presidencialista, governa se não estabelecer relação com o Congresso Nacional. O centrão não é um partido político, até porque hoje só tem partido político no Brasil o PT, o PCdoB, talvez o PSOL, o PSB, porque quase todos os outros partidos são cartoriais, ou seja, são cooperativas de deputado que se junta em determinada circunstância.

explicou Lula

O que eu acho maravilhoso é denunciar a corrupção, o que é grave é quando a corrupção fica escondida. Por isso que eu acho importante uma imprensa livre, por isso que eu acho importante uma justiça eficaz, porque se tiver um problema de corrupção, tem que ser denunciado.

continuou o candidato

Lula fala sobre militância e polarização política

William Bonner indagou sobre a militância do PT e polarização do país, especialmente pela entrada de Geraldo Alckmin em sua chapa, já que muitos petistas criticaram a escolha.

O Alckmin já foi aceito pelo PT de corpo e alma, o que eu não quero é que o PT peça para ele se filiar porque a gente não quer brigar com o PSB. Mas o Alckmin é uma pessoa que vai me ajudar, eu tenho 100% de confiança que a experiência dele como governador de São Paulo e depois mais 6 anos como vice do Mário Covas vai me ajudar a consertar esse país. É a única razão pela qual eu quero voltar a ser presidente é a de consertar esse país. Esse país tem que voltar a crescer, tem que voltar a ser feliz, tem que voltar a gerar emprego, o povo tem voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha.

declarou o petista

Política Internacional

William Bonner questionou sobre a postura de Lula diante de ditaduras latino-americanas de esquerda e se não seria incoerente um democrata apoiar este tipo de regime.

Primeiro, para um democrata, a gente precisa respeitar a autodeterminação dos povos. Cada país cuida do seu nariz, é assim que eu quero para o Brasil, é assim que eu quero para os outros. Se eu ganhar as eleições, você vai ver a enxurrada de amigos que estão desaparecidos que vão visitar o Brasil, porque o Brasil vai ser amigo de todo mundo

declarou o candidato à presidência

Considerações finais

Após 40 minutos de entrevista, o candidato Lula teve direito a fazer suas considerações finais. O petista aproveitou para reforçar suas propostas de governo, como melhorar acesso a universidade e aumentar a oferta de empregos. Confira na íntegra:

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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!

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