Pesquisas anteriores, realizadas nos anos 70, apontavam que o vício da heroína acontecia após o 21º dia de uso da droga, devido a dependência das substâncias nelas contidas. Dentre diferentes pesquisas que aconteceram nesta época, uma das que ganharam destaque colocava um único rato dentro de uma gaiola com dois recipientes: um cheio de água potável e outro de água com heroína e cocaína diluídas para o rato beber. Como resultado, o rato bebeu a água com heroína e cocaína repetidas vezes até sua morte.
Anos depois, o professor de psicologia Bruce Alexander, com uma nova tese, mostrou que os experimentos anteriores estavam errados, ao criar o “Rat Park”, um ambiente de convivência perfeito para um grupo de ratos, em que tinham bolas coloridas para brincar, túneis para atravessar, espaço para correr, interagir e fazerem sexo entre si. O “Rat Park” tinha também dois tipos de água para os ratos beberem, água pura e água com heroína. Nesta situação, os ratos não beberam a água com heroína e preferiram a água pura. Para Bruce, isso apontava que quando os ratos se relacionavam e se divertiam, não se drogavam. Mas quando sozinhos e sem atividades, acabavam se drogando pois era a única coisa que os distraía.
No vídeo a seguir, Bruce traça um paralelo destes experimentos com situações reais que envolvem pessoas, como guerrilheiros em situação de combate que consumiram heroína e doentes em hospitais que recebem morfina (heroína de forma mais pura) para amenizar a dor, e aponta que o comportamento dos ratos é compatível com o comportamento dos humanos em relação ao consumo de heroína.
https://www.facebook.com/sociedadesemprisoes.pag/videos/rat-park-a-verdade-sobre-o-vício/1308530242556354/
Vale lembrar, que o vídeo retrata um experimento do professor de psicologia Bruce Alexander e que ainda trata-se apenas de uma tese. Ou seja, ainda nada está comprovado cientificamente sobre o uso e dependência de heroína em seres humanos.
Agora, se esta tese vier a se concretizar, será que se aplica a diferentes tipos de drogas?