A Guerra Civil da Síria teve início em 2011, mais especificamente em 13 de março, ou seja, já se passaram 10 anos do confronto e o fim não parece estar por perto. Nesse período, houve 470 mil mortos e 11 milhões de pessoas que tiveram que abandonar suas casas, os chamados refugiados, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A guerra da Síria é um reflexo da Primavera Árabe, o qual foi um movimento de protestos que ocorreram no Oriente Médio e no Norte da África, onde os países viviam ou ainda vivem em ditaduras. No caso da Síria, a família al-Assad governa desde a década de 70. A saber, o atual Presidente (Bashar al-Assad) está no cargo desde 2000, os protestos iniciaram-se com pedidos de melhores condições de vida, pluripartidarismo, mais empregos e, o principal, uma maior democracia. A guerra começou quando alguns militares desertaram e formaram a milícia armada, com isso, al-Assad respondeu com mais violência.
Início da Guerra Civil da Síria
Nos primeiros passos da Guerra, a divisão era a seguinte: de um lado o Exército Livre da Síria (ELS), o qual era composto pela população engajada com a Primavera Árabe juntamente com a já citada Milícia Armada, esse grupo, não está vinculado com nenhuma religião. Posteriormente ao ELS, diversos outros grupos viraram oposição ao governo, entretanto, de forma bem mais extremista. O maior desses grupos, de orientação Sunita, são os chamados Frente Fateh al-Sham, grupo que foi, até o ano de 2016, o braço da Al-Qaeda na Síria.
Ao que se sabe, o Frente Fateh al-Sham desvinculou-se da Al-Qaeda de forma pacífica, diferente do Estado Islâmico (EI), vale ressaltar que o Estado Islâmico era o braço da Al-Qaeda no Irã. O EI quer construir um Califado, onde será obedecida a Lei Islâmica e apenas ela, onde nenhuma outra vertente religiosa será permitida de existir. Com a entrada do Estado Islâmico, a Síria virou um caos completo e lindas cidades foram devastadas.
Influência externa
O caos continua, devido ao avanço do Estado Islâmico, os Estados Unidos entraram na Guerra para combater os terroristas. Durante um tempo, os americanos bombardeavam bases militares do EI, atualmente as tropas estadunidenses já foram (oficialmente) retiradas do local.
Países como a Rússia e o Irã garantem apoio incondicional ao presidente Bashar al-Assad. Os russos aderiram à batalha em 2015, lutando contra o EI e outros grupos rebeldes. O Irã, por sua vez, entrou por motivos religiosos, uma vez que o país de maioria xiita quer evitar que milícias sunitas tomem o poder da Síria, com isso, o Irã envia tropas, dinheiro e comida para Bashar al-Assad.
Conclusão
A guerra civil não parece ter um fim. Armas, canhões, tanques e mísseis continuam em território sírio. Enquanto isso, inocentes morrem, pois cerca de 1/4 de mortos na guerra foram mulheres e crianças, ou seja, há muito crime de guerra que está fazendo vista grossa. A luta por poder faz com que um dos países mais antigos e belos do mundo vire sucata.
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Por Leonardo Raiol Faria – Fala! Universidade Estácio Sá – RJ