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Existe ciúme saudável?

Quando o quesito é relacionamento, independente de ser amoroso, o termo “ciúme saudável” se torna uma pauta muito questionada e recorrente. O senso comum diz que sem um pouco de ciúme, nenhuma relação sobrevive. Mas como saber até que ponto pode considerá-lo leve e como identificar o limite aceitável?

Sentir algo estranho e desconfortável quando vê alguém que gosta fazendo algo que não agrada, é normal, e para contornar isso que existe o diálogo. Entretanto, a conversa não deve direcionar a solução na privação da liberdade por pura insegurança do outro. Acordos existem para expor como será o envolvimento de cada um, se a relação será monogâmica ou não, por exemplo, respeitando os limites e desejos do casal.

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Existe ciúme saudável? | Foto: Reprodução.

Em mais de 99,9% dos casos de relações abusivas, em que o parceiro cometeu alguma agressão física, verbal ou sexual contra seu companheiro, são causadas por descontrole, do sentimento de posse e desconfiança em relação ao outro, ocasionada por um ciúme obsessivo, socialmente justificado, que, na maioria das vezes, acaba contornando a situação, o que é um grande problema, pois, com isso, ocorre a normalização de uma ação inaceitável.

Segundo estudos psiquiátricos, o excesso desse sentimento é diagnosticado como Síndrome de Otelo, doença patológica, com o nome inspirado na obra de Shakespeare, na qual o personagem principal mata sua amada por paranoias criadas por ele mesmo. Caracterizado como prova de amor, o que é considerado saudável para quem vive a relação, na visão do entorno está nítida as questões que a união carrega: a insegurança, falta de confiança, possessão.

Dessa forma, o comportamento deve ser analisado e pensado constantemente por quem faz parte deste convívio social, sempre aberto para escutar opiniões alheias de forma construtiva. Caso fique fora do controle do indivíduo, pode gerar consequências e danos irreversíveis.

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Por Rafaella Clari – Fala! Cásper

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