O Instagram é uma rede social e aplicativo para smartphones muito popular atualmente. A rede social anunciou, em junho de 2018, que havia chegado à marca de um bilhão de usuários ativos. Contudo, segundo estudos realizados em universidades norte-americanas e alemãs, o uso frequente dele é potencialmente prejudicial à saúde dos navegantes.
Uma pesquisa pela Humboldt University (Universidade de Humboldt, em Berlim) mostrou que, dentre as redes sociais mais utilizadas, o Instagram é a mais propensa a promover diminuição na autoestima.
Segundo Hanna Krasnova, quem liderou o estudo, isso ocorre porque os principais fatores que estimulam essa condição são: fotos, curtir e comentar. E, diferentemente de outras redes sociais, como Facebook e Twitter, o Instagram é focado exatamente nessas funções.
Ver que as outras pessoas estão tendo bons momentos (principalmente quando estão de férias) ou que apresentam um padrão de beleza ideal influencia na autoestima. Já os ‘curtir’ e os comentários funcionam como mecanismos de aprovação. Porque se você posta uma foto sua e ela só recebe duas ou três curtidas, sua autoestima fica mais baixa do que se você tivesse ganho dez ou vinte. O mesmo vale para os comentários.
Krasnova explica
Além disso, segundo Nicole Dion, quem liderou uma pesquisa pela Salem State University (Universidade Estadual de Salem, em Massachusetts), a rede social pode gerar uma diminuição na satisfação que os usuários têm com a própria vida. Pois, indivíduos se comparam com outros a fim de avaliar suas opiniões e habilidades, para que então, seja reduzida qualquer incerteza presente nessas áreas.
Entretanto, as fotos postadas comumente foram alteradas com aplicativos de edição ou filtros – estes o próprio Instagram oferece como ferramenta – gerando uma confusão por parte dos navegantes do que é ou não verdadeiro e, consequentemente, faz com que muitos se comparem com algo irreal.
A equipe do aplicativo, ciente dos recentes estudos abordando esse assunto, mudaram parte das diretrizes do Instagram para minimizar os malefícios. Em 2019, o número de curtidas que cada postagem recebe passou a ser ocultado e apenas o dono da publicação pode conferir.
Ademais, atualmente, a rede oferece um centro de apoio aos usuários com ansiedade ou depressão: ao buscar por hashtags relacionadas a esses transtornos, o navegante é direcionado ao Centro de Valorização da Vida e recebe dicas sobre saúde mental.
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Por Beatriz Foiadelli de Faria – Fala! Cásper