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Empreendedorismo feminino: veja figuras da moda para se inspirar!

De acordo com um relatório feito pelo Sebrae, em 2019, existiam 24 milhões de mulheres empreendedoras no Brasil. Número ainda baixo em relação aos homens empreendedores que, nesse mesmo período, contava com 28 milhões. Esses dados sobre o empreendedorismo feminino são reflexos das desigualdades de gênero em nosso país e dos desafios enfrentados pelas mulheres diariamente.

figuras da moda
O empreendedorismo feminino está na moda | Foto: Freepik

Esses fatores dificultam a entrada no mundo dos negócios, mas não é um fator impeditivo, pois temos muitos casos de sucesso para se inspirar. No caso da moda, por exemplo, temos a Chief Innovation Officer (CIO) Anay Zaffalon, da plataforma U.Mode de fashion PLM.

Desafios do empreendedorismo feminino no Brasil

Os desafios são muitos, não é novidade para ninguém que o nosso país é desigual na questão de gênero. E inevitavelmente essa problemática afeta os negócios criados e/ou administrados por mulheres. Os desafios das mulheres empreendedoras vão além dos tradicionalmente enfrentados por homens. Dentre os muitos desafios que um mulher empreendedora pode enfrentar, podemos citar dois:

A maior parte começa por necessidade

O perfil de quem empreende no Brasil geralmente é de um empreendedor por necessidade. Contudo, o número de negócios por necessidade é maior entre as mulheres. Em 2018, de acordo com o relatório do Sebrae, enquanto 32% dos homens diziam ter empreendido por falta de opção, 44% das mulheres afirmaram o mesmo.

Empreender por necessidade pode representar um desafio a mais na jornada de desenvolvimento de um negócio. Isso porque, geralmente, os negócios que surgem da necessidade não tiveram tempo para grandes planejamentos, o que pode dificultar a longevidade do negócio.

Dupla jornada

Esse é um desafio comum para muitas mulheres que exercem posições profissionais. Como tradicionalmente, em muitas famílias, as tarefas domésticas são designadas para as mulheres, elas precisam lidar com uma jornada dupla.

A mulher empreendedora, além de cuidar do seu negócio, costuma ser a pessoa que cuida da casa, que vai na reunião dos filhos na escola e que resolve inúmeras outras questões. O acúmulo de atividades pode ser um desafio. Por isso, é essencial conversar com o núcleo familiar para elaborar uma melhor divisão de tarefas domésticas.

2 casos de sucesso de mulheres empreendedoras na moda

A moda sempre foi uma área tradicionalmente aberta para o empreendedorismo feminino. Nos últimos anos, tem revelado grandes empreendedoras e negócios igualmente grandes. Por isso vamos te mostrar dois casos de mulheres empreendedoras bem-sucedidas:

Patricia Bonaldi

Um nome já bastante conhecido no mundo da moda, Patricia Bonaldi já vestiu celebridades como Rihanna e Gisele Bünchen. Ela é a fundadora da PatBO, marca de roupas que vende no Brasil e também em outros países.

De acordo com Bonaldi, o desejo de empreender surgiu de maneira orgânica e bastante natural. Ela tinha o costume de mandar fazer suas próprias roupas e suas amigas da faculdade sempre perguntavam onde ela havia comprado.

Devido aos elogios das amigas, ela decidiu empreender. Para isso, abriu mão do curso de Direito em uma Universidade Federal (o que chocou seus pais e amigos) para poder se dedicar ao negócio na moda. Hoje, a página da PatBO Brasil no Instagram tem 860 mil seguidores e pontos de venda nas principais cidades do país.

Júlia Alcântara

Em 2010, Júlia Alcântara e suas irmãs (Débora e Bárbara Alcântara) começaram um blog para falar sobre moda. O site conseguiu crescer bastante e logo atraiu os olhos de empresas do ramo que passaram a pagar para veicular propagandas e publicidades no portal.

Com o dinheiro acumulado das propagandas do blog, Júlia Alcântara decidiu investir em um negócio: seu próprio e-commerce. Fundou a Orna, uma loja virtual de bolsas, que com o tempo abarcou outros nichos, como skincare e maquiagem.

A marca das irmãs é tão famosa na internet que o público chegou a apelidar as três por esse mesmo nome: “irmãs Orna”. No caso do público-alvo, são carinhosamente chamadas de “4º irmã”.

O foco em acessórios, como bolsas, não foi ao acaso. A empreendedora decidiu por esse nicho, pois bolsas não precisam ser provadas nem de numeração específica para cada indivíduo. Assim, os números de devoluções ou arrependimentos seriam menores, o que em um e-commerce é bastante importante e vantajoso.

O foco do negócio é o slow-fashion, prezando sempre por materiais sustentáveis produzidos no Brasil. Inclusive, esse é um diferencial da marca: ser totalmente desenhada e produzida no nosso país. Hoje a marca conta com 64,1 mil seguidores no Instagram, possui diversas marcas presentes no ORNA Group e tem até uma cafeteria em Curitiba, cidade natal das “irmãs Orna”.

Conheça a U.Mode

O que achou das nossas dicas sobre empreendedorismo feminino, além de conhecer duas mulheres empreendedoras brasileiras? Você também está pensando em empreender no mercado de moda? A U.Mode pode te ajudar!

A U.Mode é uma plataforma de fashion PLM em que é possível digitalizar os processos de desenvolvimento de sua coleção de moda. Além disso, conta com uma gama de soluções digitais que podem te ajudar bastante no processo de criação da coleção. Acesse o site e entre para o time de mulheres empreendedoras!

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Por Jefferson Ricardo – Fala! UFPE

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