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Distopia: Conheça 5 livros sigfinicativos desse gênero literário

A distopia é um gênero literário que se caracteriza como avisos ou como sátiras, mostrando as atuais convenções sociais e limites extrapolados ao máximo. Governos opressivos e totalitários, que moldam uma sociedade com valores morais desvirtuados e bastante assustadores, costumam fazer parte do pano de fundo das obras distópicas, que revelam um futuro pessimista para a humanidade.

Separamos 5 obras significativas sobre o gênero distopia, que servem como críticas e reflexão sobre diversos aspectos da nossa sociedade.

A distopia é um gênero literário que fala sobre futuros problemáticos.
A distopia é um gênero literário que fala sobre futuros problemáticos. | Foto: Reprodução.

5 livros clássicos sobre distopia

1. 1984 (1949)

Não poderia iniciar esta lista com outro livro desse gênero, pois nas páginas desta obra você vai encontrar um inquestionável clássico moderno, que permeia vários assuntos da sociedade moderna. Publicado originalmente em 1949, a distopia futurista intitulada 1984 é considerado um dos romances mais influentes do século XX.

Na obra, o escritor George Orwell, impõe uma reflexão ficcional sobre um mundo que está centrado na figura do “Big Brother”, um autocrata onipresente que lidera o regime político totalitário e repressivo que impera ao longo da história – O Partido.

Acredite, você vai ficar muito incrédulo com a “Novilíngua” e a “Teoria das Guerras”, que são conceitos apresentados pelo autor e usados pelo Partido para controlar a população que vive sob o domínio do “Grande Irmão”.

Esta obra é considerada uma dura crítica ao comunismo e ao fascismo, em especial à Joseph Stalin, líder da extinta União Soviética.

2. Admirável Mundo Novo (1931)

Essa obra de Aldous Huxley, publicada em 1931, narra a história de uma sociedade futurista em que a população passa por um pré-condicionamento biológico e psicológico para saberem viver em harmonia com as leis sociais e com um sistema de castas. Ou seja, uma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos, na qual a mera menção das antiquadas palavras pai e mãe produzem repugnância. Um mundo de pessoas programadas em laboratório e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento.

O objetivo maior é manter a ordem, mesmo que para isso todos passem por uma grande lavagem cerebral, eliminando qualquer senso de individualidade ou de consciência crítica sobre a realidade.

Contudo, o moderno clássico de Huxley não é um mero exercício de futurismo ou de ficção científica. Trata-se, o que é mais grave, de um olhar agudo acerca das potencialidades autoritárias do próprio mundo em que vivemos. Como um alerta de que, ao não se preservarem os valores da civilização humanista, o que nos aguarda não é o róseo paraíso iluminista da liberdade, mas os grilhões de um admirável mundo novo.

3. A Revolução dos Bichos (1945)

Mais uma inestimável obra de George Orwell para sua lista. Neste clássico moderno, Orwell, cria uma narrativa sobre o poder; onde os animais de uma granja que são vítimas da exploração e se voltam contra os seus donos.

Progressivamente, decidem criar uma sociedade utópica que é liderada por um grupo de porcos, mas acabam por reproduzir os mesmos comportamentos corruptos e totalitários que eram típicos dos homens.

4. Neuromancer (1984)

Nesta obra de William Gibson, ele fala sobre um mundo, Neuromancer, submerso numa “alucinação coletiva digital”, onde todas as pessoas se conectam ao universo virtual para adquirir conhecimento. O livro conta a história de Case, um ex-hacker que tenta achar uma cura para o seu problema neural que impossibilita que se conecte com este cyberespaço.

Considerado o precursor do cyberpunk, um subgênero de ficção científica, serviu de inspiração para várias obras do gênero, como a trilogia Matrix, por exemplo.

5. Submissão (2015)

Ao contrário das outras obras citadas acima, Submissão, de Michel Houellebecq, não retrata uma sociedade futura, e sim, a França de 2022, liderada por Mohammed Ben Abbes, o candidato do imaginário Partido da Fraternidade Muçulmana.

A crítica central do livro é focada na chamada “população silenciosa”, aquela que simplesmente aceita as imposições que servem para anular a cultura do local, impondo aquela praticada pelo regime dominador.

Espero que gostem da listinha e aproveitem muito para ler. Mas, você também pode compartilhar com a equipe Fala! Universidades suas obras favoritas sobre distopia!

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Por Vitória Moura – Fala! Universidade Cruzeiro do Sul

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