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Debate sobre consumo de carne agita programação de Festival Amazônias

Organizado por diversas ONGs de meio ambiente como COIAB, Engajamundo, Escola de Ativismo, Greenpeace, ISA (Instituto Socioambiental), Festival Amazônias promove aula pública seguida de show da banda manauara Alaídenegão

Festival Amazônias
Banda Alaídenegão

VEGANISMO: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA SER VEGANO

Festival Amazônias

No dia 10 de março, terça-feira, o Instituto Goethe de São Paulo recebe uma aula pública sobre consumo de carne e a banda manauara Alaídenegão. Este é mais um esquenta para o Festival Amazônias que acontece de 17 a 21 de abril, ocupando diversos espaços em São Paulo.

Sempre com a ideia de colocar política e cultura lado a lado, essa noite traz a proposta de compreender melhor o contexto da região norte do país, pelos desafios de sua preservação, também entendendo que aquele é um território que está sempre se reinventando, com resistência, luta e também com festa.

“Como criar conexões genuínas entre as Amazônias – seus povos e tradições e São Paulo?”. É a questão que rege o Festival que é uma iniciativa promovida por diversas ONGs de meio ambiente: COIAB, Engajamundo, Escola de Ativismo, Greenpeace e ISA (Instituto Socioambiental). O Festival também conta com o apoio do Instituto Goethe e da Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo.

Com a proposta de ligar afetos entre a cidade e a floresta, o evento contará com 60 artistas e ativistas da Amazônia e 30 artistas de São Paulo, agregando também na programação residências artísticas, oficinas, exposições, encontros e rodas de conversa.

Para definir a programação, uma pesquisa foi realizada por produtores, artistas e articuladores de todos os estados da Amazônia Legal – que inclui Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Acre, Tocantins, Mato Grosso e parte significativa do Maranhão.

O festival se propõe a pensar até onde os fluxos que emergem das Amazônias chegam. A imagem de rios que nascem ao norte e, agora, vão desaguar em São Paulo vai pautar os ativistas e artistas, criando um espaço para debater, construir e agir juntas e juntos, pensando que cuidar da Amazônia é cuidar da maior cidade do país e de todo o planeta.

Em breve, as atrações do festival serão divulgadas. Abaixo, confira mais informações e serviços do evento no Instituto Goethe.

Serviços

Data: 10 de março de 2020 (terça-feira)
Local: Rua Lisboa, 974 – Pinheiros, São Paulo – SP, 05413-001
Horário: 18h às 21h30
Gratuito

Programação
18h – Aula Pública

Devemos diminuir o consumo de carne?

O AGRO NÃO É POP
Repensar nossa forma de consumir alimentos é agir diretamente contra a destruição da Amazônia e o aquecimento global. O problema do desmatamento, certamente, vem se agravando por meio de uma política pública violadora. Entretanto, quais são as formas de nos implicarmos e juntos repensarmos nossos hábitos e os efeitos dele sobre o planeta?

Estima-se que a criação de pasto é o principal objetivo no desmatamento da floresta, seguido pelo uso da terra para a monocultura. Além da destruição das árvores, há também o problema da água, uma vez que, no Brasil, para se produzir um quilo de carne é usado cerca de 17 mil litros de água. A proposta dessa aula é explicar melhor como toda essa estrutura funciona e, de forma pedagógica, construir caminhos para um consumo consciente e menos danoso ao planeta.

Convidados

Camila Rossete é coordenadora de campanhas corporativas e do programa de voluntários da Animal Equality Brasil. Formada em Relações Internacionais pela PUC-SP e cursando pós-graduação em Influência Digital: Conteúdo e Estratégia pela PUC-RS.

Animal Equality é uma organização internacional que trabalha com a sociedade, governo e empresas para acabar com a crueldade contra animais criados para alimentação. Em 2019, lançamos a campanha Tire a Amazônia do Seu Prato (http://bit.ly/2VGysEv) e também tivemos participação na tramitação do Projeto de Lei 27/2018 #AnimalNãoÉCoisa (http://glo.bo/2Ienvlt).

Alceu Castilho é é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo. Autor dos livros Partido da Terra – como os políticos conquistam o território brasileiro (Contexto, 2012) e O Protegido – por que o país ignora as terras de FHC (Autonomia Literária, 2019). Fundador e editor do De Olho nos Ruralistas.

De Olho nos Ruralistas é um observatório sobre agronegócio no Brasil. Foi criado como portal em setembro de 2016, em São Paulo, e desenvolve um jornalismo de pesquisa, atento à fiscalização do poder político e econômico e aos impactos sociais e ambientais do modelo agrário dominante. Site: http://deolhonosruralistas.com.br/

20h – Banda Alaídenegão – Manaus

Formada no carnaval de 2008, Alaídenegão (AM) mistura de ritmos, passando pelas toadas do Boi Bumbá, as Cirandas, o sotaque amazonense do beiradão, a Guitarrada e o Carimbó, que flerta com o Coco, o Maracatu, a Cumbia Colombiana, além da Bossa Nova e do Rock.

Com esse trabalho de sincretismo musical que a acompanha desde o surgimento, a banda faz um som com melodias dançantes que reverberam no público. As letras retratam o olhar do caboclo, das festas populares, da comida, das praias de água preta e branca da Amazônia exuberante, dos rios e da vida noturna local; tempero esse que é o segredo de uma música que coloca a todos para refletir e dançar.

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