Crônica – F.e.l.i.c.i.d.a.d.e

Eu me vi sorrindo como se fosse a última vez, corri pelo gramado molhado com os pés leves como se eu pudesse voar.

Quando me diziam que a felicidade era uma coisa a se conquistar, logo imaginei uma barra de ouro no final do caminho.

Mas eu senti um prazer imenso no percurso, eu cai, e meu corpo continuou no chão.

Eu via beleza no céu.

Sempre fui muito dispersa.

Ficavam preocupados, diziam que eu estava atrasada demais,

a felicidade não podia esperar, eu devia ser mais rápida, 

assim, poderia conseguir ultrapassar cada obstáculo com mais destreza.

Mas eu sempre fui muito dispersa.

As pessoas aplaudiam quando eu conseguia pular sem machucar meu calcanhar,

mas logo vaiavam quando eu errava o caminho. 

Diziam que é preciso ser rápida, não posso me deixar admirar.

Eu sempre fui muito dispersa.

O relógio ia se esgotando, e meus passos diminuam com o ritmo dos ponteiros,

achei que ia morrer,

mas a morte é perigosa demais para mim, 

é melhor correr,

a felicidade está logo ali,

está naquela passagem,

está no papel dentro da carteira preta,

Talvez no meu corpo,

ou no meio dos meios fios de cabelo?

Eu não sei,

eu não consegui achá-la.

Desculpe,

me dispersei novamente.

E comecei a rir como se a tivesse encontrado.

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Crônica por Eduarda S. – Fala! Mackenzie

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